Astrônomos descobriram um novo tipo de explosão que pode ser a classe mais poderosa de supernovas que já vimos. Usando telescópios no Chile e no Havaí para detectar uma variedade de objetos de interesse, os cientistas encontraram o mais brilhante deles: uma explosão chamada agora de PS1-10adi.
De acordo com o estudo, liderado pela Queen’s University Belfast e publicado na Nature Astronomy, essa explosão de energia foi consideravelmente mais brilhante do que uma supernova regular, localizada em uma galáxia a 2,4 bilhões de anos-luz de distância.
A explosão foi detectada em 2010, mas os astrônomos mediram sua evolução ao longo de três anos, pois o brilho de supernovas geralmente diminui em menos de um ano.
“Nossa descoberta revelou explosões capazes de liberar uma quantidade de energia dez vezes maior do que as explosões normais. Nossos dados mostram que eventos como este não são muito incomuns e desafiam nosso conhecimento de estrelas explosivas e perturbadoras“, afirmou Cosimo Inserra, da Universidade de Southampton, um dos coautores do estudo, em comunicado.
O tamanho da explosão significa que ainda não se pode explicar o que a causou. Uma supernova é uma das possibilidades, causada pela explosão de uma estrela centenas de vezes mais maciça que o Sol.
“Se são explosões de supernova, as propriedades são as mais extremas já observadas, e provavelmente estão conectadas às regiões centrais das galáxias hospedeiras”, disse o autor principal do estudo, Erkki Kankare.
A outra possibilidade é que este foi o resultado de uma estrela de massa menor sendo devorada por um buraco negro supermaciço. Isso é conhecido como evento de interrupção de maré (TDE, na sigla em inglês).
A PS1-10adi não é o único novo tipo de explosão que os astrônomos encontraram. Eles viram muitas outras com a mesma natureza, o que sugere que pode haver uma nova classe de explosão no Universo que simplesmente não tinham sido notadas antes.
Anteriormente, pensava-se que essas fontes estavam relacionadas à atividade do buraco negro. “Nós propomos que elas [as explosões] sejam uma classe distinta e provavelmente não incomum de transição [eventos relativamente breves] que não foram reconhecidos como tal até agora”, escreve a equipe.
Agora, os astrônomos esperam que telescópios futuros, como o Large Synoptic Survey, no Chile, estejam em funcionamento até o final desta década para poderem encontrar ainda mais explosões como esta.
EM, Ciberia // IFLScience