O jogador Robinho, do Atlético Mineiro, foi condenado pela Justiça italiana por participação em um estupro coletivo no país. O caso teria acontecido em 2013, quando ele jogava pelo Milan.
Ele é um dos seis réus acusados por uma jovem albanesa do crime. O atleta foi condenado em primeira instância e recorre em liberdade. Mas, ainda que seja condenado na segunda, não deve ser preso pois a Constituição brasileira impede que pessoas nascidas no Brasil sejam extraditadas.
Robinho foi condenado a nove anos de prisão.
No fim de semana seguinte ao da divulgação da sentença, o atleta entrou em campo pelo clube mineiro em partida contra o Corinthians, no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo.
Robinho também esteve em campo pela última rodada do Campeonato Brasileiro contra o Grêmio, em Minas Gerais, no último domingo. Além disso, teve o nome cantado pela torcida.
A omissão do Atlético se reflete nos companheiros de equipe. O técnico do time, Oswaldo de Oliveira, defendeu a honra do atleta.
“Robinho é um cara que eu conheço há muito tempo. É um cara extremamente alegre, extrovertido e que amadureceu muito durante a vida profissional dele. Os anos de Europa deram muito lastro a ele. E, hoje, eu posso garantir que ele é um cara de família, pai e muito responsável. Isso é o que eu posso te dizer”, afirmou o técnico em entrevista coletiva na semana da sentença.
Nem todo mundo quer o Robinho no Galo
Um grupo de torcedoras do Atlético Mineiro chamado Feministas do Galo resolveu cobrar uma postura mais enérgica do clube.
Na madrugada de terça-feira (5), as meninas expuseram uma faixa na frente da sede do clube pedindo a rescisão de contrato de Robinho e com a frase: “um condenado por estupro jogando no Galo é uma violência contra todas as mulheres”.
Outro protesto dizia: “Galo, seu silêncio é violento! Não aceitaremos estupradores!”. A direção da instituição diz que não comenta o caso por se tratar de um “assunto pessoal do atleta”.
“A omissão do clube é inadmissível, já que o atleta foi condenado em primeira instância e, em vez de se preocupar com o fato, a diretoria cogita a hipótese de que ele permaneça”, disse uma das integrantes do grupo, segundo o jornal El País.
O contrato de Robinho com o Atlético vence em dezembro. Ele tem um dos maiores salários do clube, faturando R$ 800 mil por mês.
Essa é a segunda vez que o jogador se vê no centro de um caso de estupro. Em 2009, quando jogava no Manchester City, da Inglaterra, Robinho foi acusado do mesmo crime por uma mulher que conheceu em uma casa noturna de Leeds.
Na época, ele chegou a viajar para o Brasil com medo de ser preso, mas voltou e se apresentou à delegacia de West Yorkshire, onde foi liberado após pagamento de fiança. Três meses depois, o caso foi arquivado.
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