De acordo com o inquérito final do acidente com o avião que transportava a equipe do Chapecoense a tripulação sabia que o avião tinha 2.300 quilos a menos de combustível e ignorou.
No dia 28 de novembro de 2016 o avião que transportava a Chapecoense caiu na Colômbia, provocando a morte de 71 pessoas.
A investigação, que durou um ano e cinco meses, culminou nesta sexta-feira (27) com a apresentação pela Aeronáutica Civil da Colômbia das conclusões do relatório, que apontam que foi a falta de combustível que provocou o acidente.
De acordo com o Observador, o relatório afirma que o combustível na aeronave não era suficiente para realizar o voo entre Santa Cruz e Medelim e a tripulação sabia disso. O avião decolou com 2.302 quilos de combustível a menos que o necessário.
O British Aerospace 146 fazia a ligação entre Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e Rionegro, na Colômbia, e não cumpriu as normas de segurança internacionais, que estipulam que um voo deve ter combustível suficiente não só para chegar ao aeroporto de destino, mas também para pousar em um aeroporto alternativo em caso de necessidade, e ainda mais 30 minutos de reserva.
40 minutos antes de o avião cair, já tinha sido ativado o modo de emergência. A tripulação ignorou os avisos sonoros e a luz vermelha emitida na cabine. Além disso, o relatório revela também que os pilotos não avisaram o controle de tráfego aéreo sobre o que estava acontecendo. Os motores acabaram parando de funcionar e o avião planou até atingir o solo.
A investigação assegura também que toda a tripulação era experiente e apresentava toda a documentação necessária para o voo, embora a companhia aérea boliviana Lamia, à qual pertencia o avião, estivesse em uma situação financeira precária com salários em atraso e má organização dos voos.
O relatório diz ainda que a empresa não cumpria os requisitos das autoridades da aviação civil em relação ao abastecimento de combustível.
Ciberia // ZAP