Notícia boa para o cinema brasileiro! O longa-metragem “Nunca me Sonharam”, dirigido por Cacau Rhoden e produzido pela Maria Farinha Filmes, ganhou o prêmio de documentário do ano, no início deste mês, no Los Angeles Brazilian Film Festival.
A Maria Farinha Filmes já produziu outros grandes documentários que fizeram muito sucesso mundo a fora, como o espetacular “O Começo da Vida” e o aterrorizante “Muito Além do Peso”, que fala sobre como a indústria alimentícia e publicitária está deixando nossas crianças obesas.
Mas sobre o que fala o filme? Sobre a educação brasileira. Sabemos que a questão da educação no Brasil vem enfrentando uma crise, que já não é de hoje. Está mais do que na hora de repensarmos o modelo atual e pensar em uma educação mais dialógica, compreensiva e humana.
E é justamente esse o objetivo do diretor no filme, já que ele afirma que o Brasil comete o erro de pensar a educação somente como objetivo da formação profissional, além de deixarmos a responsabilidade apenas para as salas de aula.
A questão defendida por Rhoden é tratar a educação como algo essencial para a formação de um ser humano e cidadão consciente e isso ultrapassa as salas de aula.
O diretor ainda afirma que, a mídia costuma passar uma imagem distorcida do jovem estudante de escola pública, como se eles não estivessem realmente interessados em estudar, o que não é verdade.
Seu objetivo, enquanto diretor, é o de mostrar que as coisas não são bem assim, que esses jovens têm sonhos e que eles podem e devem continuar sonhando.
Além do mais, a questão da educação não pode ser vista separadamente de outras questões brasileiras, já que está tudo interligado. E para que possamos mudar esse cenário, os estudantes e a sociedade precisam ser ouvidos, que é o que ele faz no filme.
Segundo o diretor, “o filme é uma provocação para que a gente repense. Repensar é, no momento, a palavra de ordem”.
Ciberia // Razões para Acreditar