O Supremo Tribunal da Índia instruiu o governo a procurar ajuda estrangeira para consertar o que foi descrito como uma preocupante mudança de cor no Taj Mahal.
O Supremo Tribunal indiano acusou o governo de, “apesar de terem os especialistas, não estão utilizando-os. Ou talvez não queiram saber [do problema]“, na sequência da mudança de cor do palácio, que foi construído no século XVII com mármore branco e que já mudou de cor para amarelo e, mais recentemente, para marrom e verde.
A poluição, construções e fezes de insetos estariam na origem do problema.
Segundo a BBC, os juízes Madan Lokur e Deepak Gupta examinaram fotografias do palácio submetidas por ambientalistas e pediram ao governo indiano que peça ajuda a especialistas indianos e estrangeiros.
O governo já fechou centenas de fábricas perto do Taj Mahal, mas os ativistas disseram que o mármore continua perdendo o brilho. O esgoto no rio Yamuna, próximo ao palácio, atrai insetos que depositam dejetos nas paredes do Taj Mahal e lá ficam.
O Taj Mahal foi mandado construir pelo Imperador Shah Jahan na cidade de Agra, em cima do túmulo da sua esposa favorita, Arumand Banu Begam, que chamava de “A joia do palácio”, ou Mumtaz Mahal, em indiano.
O Taj Mahal é agora uma das maiores atrações turísticas do mundo, atraindo cerca de 70 mil pessoas todos os dias.
O problema da sujeira não é novo: várias vezes, ao longo das últimas duas décadas, o mármore do palácio tem sido coberto com lama numa tentativa de limpá-lo, mas há quem receie que a medida só esteja agravando o problema.
O mais recente banho de lama começou em janeiro. Escalando as paredes nos andaimes, os trabalhadores cobrem as superfícies com terra de Fuller, uma pasta de lama que absorve a sujeira, gordura e excrementos de animais – como uma máscara facial gigante, mas para um palácio.
A lama é depois retirada, levando a sujeira consigo. A atual operação de limpeza deverá durar até o final deste ano.
Ciberia // ZAP