O procurador-geral da República da Venezuela, Tarek William Saab, confirmou hoje (3) que foram expedidos mandados de prisão contra 11 diretores do Banesco Banco Universal CA – a maior instituição privada bancária do país.
Segundo ele, os executivos são suspeitos de omitir informações relevantes às autoridades. As investigações fazem parte da Operação Mãos de Papel, que apura a existência de uma “máfia” venezuelana formada com o objetivo de desmantelar o sistema econômico do país.
“As evidências mostraram que mais de 900 atividades ilegais foram detectadas no Banesco, e a instituição informou apenas 30, ou seja, parou de relatar 870 dessas contas ilícitas”, disse o procurador.
O procurador, entretanto, afirmou que os clientes do banco podem ficar tranquilos. “O objetivo desta operação é reorganizar e limpar as atividades bancárias, para que elas sejam realizadas em estrita conformidade com as leis.”
Na relação de detidos, estão o presidente do banco, Oscar Doval; os vice-presidentes Jesús Irausquin, Carlos Lorenzo, Pedro Pernia e Belinda Omaña; o consultor jurídico, Marco Ortega; o diretor Liz Sánchez; os gerentes David Romero e Cosme Betancourt; e os funcionários Teresa De Prisco e Carmen Lorenzo.
De acordo com o procurador, as investigações que envolvem o banco levaram ao bloqueio de 1.380 contas bancárias, das quais 1.000 pertencem à instituição e teriam sido utilizadas para atividades desestabilizadoras contra a economia do país.
Saab afirmou também que já foram presas 134 pessoas, emitidos 398 mandados de ordem e apreensão. Foram coletados ainda endereços de IP localizados no exterior e verificadas inconsistências nas operações bancárias.