O Commonwealth Bank da Austrália perdeu os registros bancários de cerca de 20 milhões de clientes. A instituição não sabe o que aconteceu com a informação.
O maior banco da Austrália admitiu ter perdido os dados bancários de 20 milhões de contas em maio de 2016. Ainda assim, o Commonwealth Bank assegura que a segurança dos clientes não foi afetada.
Entre esses dados perdidos não estão passwords, PIN ou outros dados confidenciais possíveis de serem utilizados em esquemas fraudulentos e ou em cibercrimes, mas sim nomes e endereços de titulares de contas no banco.
Angus Sullivan já confirmou a notícia divulgada pelo Buzzfeed, em declaração publicada no canal oficial do banco australiano no YouTube.
As informações incluíam também dados das transações realizadas entre 2000 e 2016, que estavam armazenadas em fitas magnéticas que, por sua vez, deveriam ter sido destruídas no ano passado. Sullivan descreve a situação como “inaceitável”, mas garante que a segurança das contas não foi afetada.
Segundo o Observador, tudo aconteceu em 2016, quando o banco cedeu a uma empresa subcontratada a responsabilidade de destruir dois dispositivos de fita magnética. No entanto, o banco nunca conseguiu confirmar se essas unidades de armazenamento haviam sido, de fato, destruídas.
Um auditoria interna realizada pela KPMG concluiu apenas que “o mais provável é que tenham sido [destruídas]”, já que não foram encontrados indícios de que os dados tenham sido comprometidos.
Na época, o banco informou os reguladores desta falha, mas não informou os clientes, para não “alarmá-los desnecessariamente”. Agora, Sullivan pediu desculpas por qualquer “inconveniente ou preocupação” que o caso possa trazer aos clientes.
No mês passado, também foi descoberto que o Commonwealth Bank poderia ter cobrado taxas e comissões de clientes que já tinham falecido (e sabendo disso). Caso seja provada em tribunal, a prática pode resultar em multas pesadas e penas de prisão para responsáveis do banco australiano, informa a BBC.
Além disso, o The Guardian aponta ainda que o banco tem incorrido em múltiplas infrações das leis que combatem crimes como lavagem de dinheiro e terrorismo financeiro.
Ciberia // ZAP