Incêndios na Grécia causaram pelo menos 60 mortos e 156 feridos, alguns em estado crítico, de acordo com os últimos dados da Proteção Civil grega, informou nesta terça-feira (24) a agência de notícias EFE.
A mesma fonte afirmou que 11 dos feridos estão em estado crítico e teme-se que o número de mortes seja ainda maior, uma vez que os serviços de emergência continuam recebendo ligações sobre o desaparecimento de pessoas.
Todas as vítimas foram encontradas entre o porto de Rafina, a cerca de 30 quilômetros de Atenas, e Nea Makri, cerca de dez quilômetros mais a norte.
As vítimas se encontravam em casa ou nos próprios carros. Outras pessoas tentaram fugir do incêndio se atirando ao mar, mas acabaram por morrer afogados.
Um porta-voz da Cruz Vermelha disse à rede de televisão pública ERT que, depois de terem sido encontrados 24 corpos, os bombeiros descobriram nesta terça outro grupo de 26 pessoas, já sem vida, em um campo localizado na pequena cidade de Mati.
De acordo com os bombeiros, ainda existem três incêndios em curso na região de Ática, mas também grandes frentes em outras regiões do país, particularmente na área de Corinto, no Peloponeso, bem como na ilha de Creta.
As operações de combate aos incêndios prosseguiram durante a noite, mas foram prejudicadas por fortes ventos. Segundo aponta a BBC, esse é o maior incêndio registrado desde 2007 – quando dezenas de pessoas morreram no sul da península de Peloponeso.
“Vamos fazer o que for humanamente possível para controlar o incêndio”, disse o primeiro-ministro Alexis Tsipras em declarações aos jornalistas.
Os incêndios são um problema recorrente durante os meses quentes e secos do verão de Ática. Nesta semana, os focos foram “impulsionados” por ventos fortes. Autoridades citadas pela AFP sugeriram que as chamas podem ter sido iniciadas por incendiários à procura de casas abandonadas.
Atenas pede ajuda à União Europeia
Depois de as autoridades terem declarado o estado de emergência e solicitado ajuda internacional, o porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos, anunciou que os aviões de combate aos incêndios chegarão hoje da Espanha, bem como voluntários de Chipre.
Segundo o prefeito de Rafina, Evánguelos Burnús, pelo menos 500 casas e 200 veículos foram danificados em maior ou menor grau pelo fogo.
Burnus referiu, em comunicado enviado à televisão ERT, que continua sendo realizada a operação de resgate por mar e que os navios da Guarda Costeira transportam muitos moradores de Rafina para outras áreas seguras.
Ciberia // ZAP