Em entrevista à cadeia de televisão Fox News, Donald Trump afirmou, sem qualquer margem de dúvidas, que, caso fosse destituído, os mercados e a economia dos Estados Unidos seriam extremamente afetados.
“Se eu fosse destituído, os mercados cairiam. Todos ficariam muito pobres, porque, sem este raciocínio, veríamos números inacreditáveis no sentido inverso”, afirmou o presidente dos EUA em entrevista exclusiva ao programa Fox & Friends.
Donald Trump prossegue, afirmando que não entende o motivo de algum dia ser alvo de um processo de destituição. “Não sei como se pode destituir alguém que tem feito um trabalho tão bom“, justificou.
Apesar das constantes críticas ao seu executivo, Trump considera que tem feito um bom trabalho, especialmente na área da Economia, acrescentando que, “se Hillary Clinton e os Democratas tivessem conseguido entrar, o crescimento seria negativo”.
“Dou a mim mesmo a nota ‘A+’. Ainda nem passaram dois anos e tivemos os maiores cortes de impostos da história. Há dois novos e incríveis juízes no Supremo. Tenho a certeza Brett Kavanaugh será aprovado e Neil Gorsuch tem sido uma estrela”.
Ainda não há um pedido generalizado para um processo de destituição, mas alguns membros do partido Democrático têm abordado a possibilidade. Uma hipótese que, por enquanto, não passa disso mesmo, dado que os republicanos reúnem a maioria no Congresso.
A entrevista de Trump surge na mesma semana em oque seu ex-advogado, Michael Cohen, se assumir como culpado de vários crimes de evasão fiscal e de violação da lei eleitoral na campanha para as eleições presidenciais de 2016. Cohen admitiu ainda ter pagado a duas mulheres a pedido do presidente, implicando-o no processo.
O presidente dos EUA reagiu, insistindo que o dinheiro para silenciar as duas mulheres com quem teve relações é da sua fortuna e não dos fundos da campanha eleitoral.
Nesta semana, o ex-diretor da campanha Paul Manafort também foi condenado por oito crimes fiscais. Trump pondera um perdão presidencial ao ex-líder de campanha, tendo alegado que Manafort é “um homem de bem” e que sua condenação faz parte da “caça às bruxas”, expressão que utiliza repetidamente para designar a investigação sobre um eventual conluio entre Moscou e sua equipe de campanha nas eleições presidenciais.
Ciberia // ZAP