Entra em vigor Acordo de Paris sobre mudança climática

B. Bannon / UNHCR

As alterações climáticas provocam seca em África e deslocalização das populações

As alterações climáticas provocam seca em África e deslocalização das populações

Para a ONU, medida marca o início de um “novo capítulo para a humanidade” e demonstra que países estão levando a sério sua abordagem à mudança climática; em comemoração ao “dia histórico para pessoas e planeta”, o secretário-geral convidou sociedade civil para conversa na sede da organização.

O Acordo de Paris sobre mudança climática, adotado em dezembro do ano passado durante a Conferência das Nações Unidas conhecida como COP 21, entra em vigor oficialmente nesta sexta-feira, 4 de novembro.

O documento, considerado um marco, entra em vigor pouco antes da COP 22 que será realizada entre 7 e 18 de novembro no Marrocos.

Temperatura global

O acordo estabelece um caminho para que todos os países limitem o aumento da temperatura e fortaleçam a resiliência aos “impactos inevitáveis” da mudança climática.

Para a ONU, a entrada em vigor do Acordo de Paris marca o início de um “novo capítulo para a humanidade” e demonstra que países estão levando a sério sua abordagem à mudança climática.

Comemoração

Para comemorar esse “dia histórico para as pessoas e o planeta”, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convidou representantes de grupos da sociedade civil para uma conversa na sede da organização, em Nova York.

O encontro será uma oportunidade para que esses grupos contem ao chefe das Nações Unidas suas visões, preocupações e como suas instituições vão contribuir para os objetivos do Acordo de Paris.

A conversa será realizada a partir das 10 da manhã, horário de Nova York, e pode ser acompanhada ao vivo.

Reduzir emissões de carbono no mar e no ar

O Acordo de Paris sobre o clima entrou em vigor esta sexta-feira, e antecipando a data, os Estados-membros da Icao, Organização Internacional de Aviação Civil, adotaram um novo padrão para controlar as emissões de gases que causam o efeito estufa.

As novas regras determinam a redução das emissões de carbono de aviões de passageiros e de carga já a partir de 2020 através de um mecanismo, que será voluntário até 2027.

A agência diz que as emissões dos gases que causam efeito estufa emitidas por aeronaves têm aumentado rapidamente, especialmente com a expectativa do número de voos dobrar nos próximos 15 anos.

Segundo dados de firmas especializadas, os aviões emitem 781 milhões de toneladas de gás carbônico por ano.

Já no caso do transporte marítimo, a emissão de carbono por barcos e navios chega a 1 bilhão de toneladas por ano, segundo a Comissão Europeia.

Para tentar combater o problema, o órgão vai exigir dos grandes cargueiros que mostrem o registro das emissões e outras informações de suas embarcações antes de atracarem em qualquer porto do continente europeu.

Segundo a Comissão Europeia, o consumo de energia e as emissões de carbono dos navios podem ser reduzidos em até 75% se forem aplicadas medidas operacionais e implementadas tecnologias existentes no mercado.

A estratégia da comissão é até 2050 cortar as emissões de carbono do transporte marítimo na Europa em, pelo menos, 40% podendo chegar a 50%, tendo como base os níveis de emissão de 2005.

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