Um grupo de pesquisadores do Hospital Infantil de Cincinnati, em Ohio, nos Estados Unidos, criou pela primeira vez um esôfago humano em laboratório.
Para entender por completo as doenças do trato digestivo, os cientistas precisam olhar para todo o sistema, já que os órgãos estão interligados, afetando-se mutuamente. Até então, os pesquisadores conseguiram criar intestino, estômago, cólon e fígado.
Agora, com a criação do esôfago, ficam um passo mais perto de conseguirem criar todo o sistema em laboratório. Fica faltando a boca, o ânus, o pâncreas e a vesícula biliar.
Os órgão criados a partir de células-tronco do paciente oferecem mais esperança aos cientistas e médicos, para que possam um dia compreender as doenças e mudar o destino de milhares de pessoas que esperam durante anos por transplantes.
Nesse caso específico, o órgão criado em laboratório poder ser uma grande oportunidade para os cientistas estudarem também o câncer do esôfago, evitando testes clínicos dolorosos e invasivos.
O esôfago humano é um tubo com cerca de 20 centímetros de comprimento que interliga a garganta ao estômago. Nessa pesquisa, publicada recentemente na Cell Stem Cell, os cientistas desenvolveram uma versão menor do órgão, com cerca de um décimo de um centímetro.
O ensaio recorreu a células-tronco pluripotentes, conhecidas como “células mestras”, já que conseguem se transformar em qualquer tipo de tecido. Os especialistas adicionaram as células a um gene presente no tecido do esôfago para formar o novo e pequeno órgão.
O próximo objetivo passa por identificar projetos que possam colocar o esôfago “cultivado” em laboratório para usos terapêuticos.
Ciberia // Galileu / Só Notícia Boa / ZAP