Um novo estudo sugere que uma civilização persa reconheceu o terceiro gênero, além do masculino e do feminino, há 3 mil anos.
Um estudo recente, que analisou 51 túmulos em Hasanlu, um sítio arqueológico situado no noroeste do Irã, mostra que os rituais funerários incluíram um terceiro gênero, além do masculino e do feminino, há 3 mil anos. A teoria é baseada no estudo de artefatos encontrados nos túmulos.
Os pesquisadores encontraram restos humanos nas escavações arqueológicas e, de acordo com as características morfológicas do esqueleto ou dos objetos encontrados no enterro, lhes atribuiram um sexo – masculino ou feminino.
Segundo Megan Cifarelli, historiadora de arte do Manhattanville College, ao analisar 51 túmulos, os pesquisadores procuraram descobrir quais objetos apareciam com mais frequência e o que poderiam significar.
Segundo o jornal israelense Haaretz, agulhas, alfinetes de vestuário e joias eram encontrados, geralmente, juntos e associados a esqueletos femininos, enquanto vasos de metal, armas e armaduras apareciam fortemente relacionados com restos mortais masculinos.
Essa combinação de artefatos, realizada por um algoritmo, revelou, porém, um dado curioso: em 20% das sepulturas existia uma combinação de artefatos habitualmente associados ao sexo masculino e ao sexo feminino em esqueletos de ambos os sexos.
O Diário de Notícias dá o exemplo de um túmulo masculino, no qual foi encontrada uma ponta de flecha – artefato considerado masculino – e um alfinete de vestuário, que, afirma Megan Cifarelli, é o objeto “mais fortemente feminino que existe”.
Em outra sepultura, foi encontrada uma lâmina e um copo de metal ao lado de um alfinete e uma agulha, em um esqueleto cujo sexo não pode ser identificado. Os pesquisadores acreditam que o indivíduo em questão realizava atividades tradicionalmente masculinas, mas também usava roupas femininas.
Por esse motivo, mais do que duas categorias de artefatos, os pesquisadores descobriram que aquela sociedade reconheceu a existência de, pelo menos, três gêneros.
Embora não existam certezas de que os artefatos indicavam um gênero ou de que as ofertas não foram feitas ao acaso, Cifarelli acredita que a identidade de gênero desempenhou um papel importante na escolha dos artefatos.
“As categorias sociais que aparecem nos enterros são mais formais, menos individualizadas e geralmente conservadoras”, diz a especialista, que considera existirem poucas chances de uma mulher deixar cair os brincos acidentalmente no túmulo do marido, por exemplo.
Segundo os dados obtidos, 50% dos indivíduos sepultados eram homens, 20% mulheres e os restantes desconhecidos. A pesquisa não permite saber se o terceiro gênero era unicamente uma questão de identidade ou uma categoria social criada para pessoas com diferentes anatomias, como os intersexuais.
Para a especialista, a arte de Hasanlu ajuda a suportar a teoria de reconhecimento de um terceiro gênero, em uma época em que vários países debatem o reconhecimento legal de uma terceira categoria de gênero.
Ciberia // ZAP
Nunca existiu um terceiro gênero.
De fato, o homossexualismo vem de milênios, acompanhando o aprofundamento da depravação humana. Os escritos de Moisés, +- 1.400 aC, já condenam essa prática, classificando-a como abominação perante o Senhor.
As descobertas arqueológicas, todavia, ainda não comprovam nada do que a reportagem quer, entusiasmada, alardear. Por enquanto, apenas sugerem que os objetos do sexo oposto foram colocados junto ao morto, possivelmente, como prova de afeição do cônjuge.
Mas, é claro, sempre há quem procure chifre em cabeça de cavalo. E, depois de muitas frustrações, acaba até acreditando que encontrou.