A irlandesa Supermac’s conseguiu uma vitória histórica: o Big Mac deixa de ser uma marca registrada na Europa. Mas a decisão ainda é passível de recurso.
“É o fim do McBully”, disse Pat McDonagh, que recebeu o apelido de Supermac quando era criança e jogava futebol na sua Irlanda natal. Esse é o nome que deu à sua cadeia de hambúrgueres: Supermarc’s, que tem mais de cem restaurantes em território irlandês.
Quando quis expandir para o Reino Unido e restante da Europa começou a travar uma batalha legal de que saiu vencedor esta semana. O European Union Intellectual Property Office – que gere os direitos das marcas – deu razão a ele: o McDonald’s não pode provar que é o verdadeiro detentor do nome Big Mac.
A decisão tem efeitos imediatos, mas a cadeia norte-americana ainda pode recorrer da decisão. “É uma vitória para todas as pequenas empresas. Isso impede que empresas maiores acumulem marcas sem terem intenção de usá-las”, disse McDonagh ao jornal britânico The Guardian.
Depois de quatro anos nos tribunais, o EUIPO determinou que a empresa McDonald’s não provou o uso genuíno do Big Mac, registrado em 1996, como um nome de hambúrguer ou de um restaurante. A cadeia norte-americana impedia que a Supermac’s entrasse na Europa alegando que os nomes iriam confundir os clientes.
A empresa fica assim obrigada a deixar de usar o nome na Europa, mas ainda pode recorrer da decisão judicial.
“Sabíamos que era um cenário de David contra Golias, mas só porque o McDonald’s tem bolsos fundos e nós somos relativamente pequenos, mas isso não significava que não iríamos lutar”, disse McDonagh.
“O objetivo original do nosso pedido de cancelamento foi esclarecer o uso de uma marca registrada como bullying de uma multinacional para sufocar a concorrência”.
O Big Mac é o mais conhecido do menu McDonald’s e um dos hambúrgueres mais vendidos em todo o mundo. Desde que a multinacional abriu portas o nome nunca mudou, tanto nos Estados Unidos como na Europa.
Ciberia // ZAP