As mudanças climáticas geram efeitos indiscutíveis. No entanto, um grupo de pesquisa australiano afirma que as consequências das alterações pode gerar uma “elevada probabilidade de a humanidade acabar”. Até 2050.
Segundo o think tank, nos próximos 30 anos a civilização humana sofrerá uma “ameaça existencial”.
Ex-chefe das Forças Armadas, o Almirante Chris Barrie, patrocinador do estudo, diz que o trabalho “coloca a verdade sobre a situação desesperada em que se encontram os humanos e nosso planeta. Traçamos um quadro perturbador acerca da possibilidade real da vida humana na Terra estar a caminho da extinção, da forma mais horrível”.
O estudo do Breakthrough National Centre for Climate Restoration de Melbourne aponta o aumento da temperatura da Terra como o vilão da história. Os autores preveem “consequências extremamente graves” relacionadas com alterações climáticas.
De acordo com especialistas envolvidos nas pesquisas, basta que o planeta aqueça 3°C para o colapso, provocado especialmente pelo derretimento de calotas polares, o desaparecimento de corais e o comprometimento da já ameaçada floresta amazônica.
O descontrole climático, como bem mostra o estudo, está conectado com a falta de ações políticas para evitar a catástrofe.
Nos últimos tempos, sobretudo com o avanço econômico da China e eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, a luta contra o aquecimento global enfraqueceu consideravelmente. O presidente dos EUA, que vez ou outra descredencia o fenômeno, retirou o país – um dos maiores emissores de gases do efeito estufa – do Acordo de Paris.
Para os australianos, é necessária uma “mobilização nos moldes da Segunda Guerra Mundial” para atingir um sistema de emissões de gases tóxicos perto de zero. “2050 apresenta um cenário de completo caos. Ainda existe um pequeno espaço para mudança, que depende, porém, de uma mobilização global”.
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