Segundo as Nações Unidas, o uso mais inteligente e eficiente dos recursos naturais do mundo hoje em dia pode injetar US$ 2 trilhões na economia global até 2050 e também compensar os custos de uma ação ambiciosa contra a mudança climática.
Em um comunicado, o chefe da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, citou uma nova pesquisa do chamado Painel Internacional de Recursos, um grupo de especialistas de gestão de recursos naturais ligado à agência da ONU.
Para Solheim, “fazendo um uso melhor dos bens naturais do planeta”, é possível “injetar mais dinheiro na economia para criar empregos e aprimorar meios de subsistência”, além de “criar os fundos necessários para financiar uma ação climática ambiciosa”.
De acordo com estimativas, a população mundial deve crescer 28% até 2050 e usar 71% a mais de recursos por pessoa. Sem medidas urgentes para aumentar a eficiência, o uso global de metais, biomassa, minerais e outros materiais vai subir de 85 bilhões para 186 bilhões de toneladas por ano no mesmo período.
Potencial
O relatório “Eficiência de Recursos: Potencial e Implicações Econômicas”, encomendado em 2015, aponta que o investimento em uma ação climática ambiciosa causaria uma queda de 3,7% no produto global bruto per capita até 2050.
No entanto, segundo o documento, o uso mais sustentável de materiais e energia não apenas cobriria o custo de manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus Celsius, mas também adicionaria US$ 2 trilhões na economia global até 2050.
Outras conclusões apontam para ganhos econômicos assimétricos pela eficiência de recursos e extração mais lenta que afetaria algumas indústrias como mineração e extração.
Segundo o relatório, os países, entretanto, ainda ganhariam mais implementando políticas de compensação e transferência para facilitar a transição para práticas mais eficientes do que continuando a apoiar atividades ineficientes.
Além dos benefícios econômicos, a análise mostra que a eficiência e ação climática reduziriam o uso global de recursos em cerca de 28% em 2050 em comparação com tendências atuais.
// Rádio ONU