Os gigantes filamentos gasosos, que se estendem por aproximadamente 10 milhões de anos-luz, alimentam a formação das galáxias.
Uma equipe de cientistas observou detalhadamente esses grandes filamentos gasosos que conectam as galáxias e que fazem parte da “teia cósmica”, uma grande rede que cuida da distribuição de matéria em grande escala no cosmos.
Apesar de ser uma das maiores estruturas do Universo, ela também é uma das mais escuras, fato que a escondeu da vista de uma observação direta, conforme o Daily Mail.
Um estudo publicado pela revista Science confirma como os grandes filamentos gasosos geram combustíveis para a formação de um aglomerado de galáxias a aproximadamente 12 milhões de anos-luz de distância, na Constelação de Aquário.
As simulações cosmológicas preveem que mais de 60% do hidrogênio criado durante o Big Bang foram distribuídos como filamentos, que atravessam o meio intergaláctico e formam a teia cósmica. Nos pontos de cruzamento desses filamentos, formam-se as galáxias e buracos negros alimentados pelas correntes de gás refrigerante.
“A intensa presença de radiação sugere que o gás que cai dos filamentos sob a força da gravidade gera a formação de diversas galáxias explosivas e buracos negros supermassivos, formando a estrutura do Universo que vemos hoje”, afirmou o doutor Hideki Umehata, da Universidade de Tóquio.
Em outras observações, foram notadas emissões semelhantes às bolhas de gás que se estendem para além das galáxias. “Mas agora, conseguimos mostrar claramente que esses filamentos se estendem a grandes distâncias, para além do campo de visão”.
“Finalmente encontramos uma maneira de mapear essa teia cósmica diretamente e entender detalhadamente seu papel na formação de buracos negros supermassivos e galáxias”, afirmou o coautor do estudo, professor Michele Fumagalli, da Universidade de Durham.
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