Com boa parte dos seus funcionários expostos aos riscos do COVID-19 – já que muitos deles fazem entregas nas ruas – a Amazon anunciou a criação de um laboratório que será capaz de testar seus colaboradores para checar se eles estão contaminados com o coronavírus.
A empresa anunciou a iniciativa em seu blog. Os primeiros testes serão feitos em breve, com um pequeno número de funcionários que, em suas palavras, integram “a linha de frente (entregas)”. A ação foi criada para combater a escassez internacional de testes do Covid-19. Para criar esse laboratório, a Amazon criou uma equipe multidisciplinar – formada por pesquisadores, gerentes de programas, especialistas em compras e engenheiros de software – que ficará focada inteiramente nesse projeto.
Os equipamentos para a construção do laboratório já estão em uma das sedes da empresa. O objetivo é testar todos os seus colaboradores, incluindo aqueles que não apresentam sintomas. Aqueles cujos resultados derem positivo podem ser colocados em quarentena e cuidados. A ideia é fazer com que esses exames ganhem escala global, sendo implementados a todos os funcionários.
Ainda em seu blog, a Amazon afirma que já realizou mais de 150 mudanças significativas em seus processos, em suas unidades em todo o mundo para garantir a saúde e a segurança das equipes. Escritórios, centro de distribuição e supermercados (a rede Whole Foods) estão distribuindo máscaras aos funcionários e realizando verificações de temperatura dos mesmos. Além disso, ela expandiu significativamente sua política de licença médica para aqueles que trabalham em seus armazéns.
Anteriormente, a Amazon afirmou que contrataria cem mil novos trabalhadores para seus centros de distribuição, para lidar com o aumento na demanda de entregas, que cresce à medida que as pessoas precisam ficar mais dentro de casa e não têm como sair para fazer compras básicas. Isso é especialmente grave nos EUA, o novo epicentro da epidemia do Covid-19, que conta com quase 487 mil infectados e mais de 16 mil mortos – de acordo com números atualizados do mapa da pandemia do hospital Johns Hopkins.
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