Todo os anos o deserto do Saara, lá do lado oposto do Oceano Atlântico, sopra uma nuvem tão gigantesca de poeira em direção as Américas que foi apelidada de Godzilla.
É a maior destas nuvens em 20 anos que os cientistas registram o evento. Ela tem cerca de 65% mais poeira do que os rastreamentos anteriores já registraram. Chamada de Camada de Ar do Saara, ela também viajou mais longe do que costuma.
A nuvem é formada quando intensas tempestades e fortes ventos elevam a poeira do Saara para a atmosfera, evento que começa acerca de junho. Durante alguns meses a poeira é transportada pela atmosfera.
Esta última nuvem chegou a cerca de 8 mil quilômetros de comprimento, de acordo com a Agência Espacial Européia, e foi observada pelo satélite Copernicus Sentinel-5P, projetado para rastrear partículas na atmosfera como poluição e poeira.
O mais comum é que boa parte da nuvem afunde no mar, servindo de alimento para o plâncton. Ao chegar no continente pode ser danosa para a respiração humana e afeta os ecossistemas, inclusive fertilizando a floresta amazônica.
Parece que a pluma também interfere na geração de furações e tempestades tropicais.
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