O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar argentino (Senasa) emitiu, nesta quinta-feira (16), um alerta para Brasil e Paraguai a respeito de uma nova nuvem de gafanhotos foi detectada no Paraguai, que está a cerca de 300 km da Argentina.
No mês passado, uma outra nuvem gigante de gafanhotos invadiu o país vizinho e passou bem perto de entrar no Brasil.
O fenômeno é considerado uma ameaça pois pode afetar drasticamente as condições econômicas dos países afetados. Brasil, Argentina e Paraguai têm uma boa parte de seus sistemas econômicos atrelados à agropecuária – e os principais alvo dos gafanhotos são as plantações.
Em resposta ao alerta da Argentina, o Serviço Nacional de Sanidade Vegetal (Senave) do Paraguai disse que a nova nuvem foi encontrada na área de Teniente Pico, dentro do departamento (equivalente a estado) de Boquerón.
Os paraguaios afirmaram que os insetos estão se deslocando para o sul do Chaco – região que compreende Argentina, Bolívia e Paraguai. Seguindo essa direção, a tendência é que a nuvem de gafanhotos entre em território argentino. Segundo o jornal paraguaio ABC Color técnicos do Senave passaram a semana realizando a aplicação de inseticidas por aviões. O resultado será avaliado nos próximos dias.
Já a nuvem de gafanhotos que estava mais próxima do Brasil segue sendo monitorada por Paraguai e Argentina. Com dificuldade para encontrar os gafanhotos, técnicos argentinos conseguiram localizar parte da nuvem nesta quinta-feira em Curuzú Cuatiá, a cerca de 140 km do território brasileiro.
As baixas temperaturas no Sul do país e Argentina, além da passagem de um “ciclone bomba”, impediram um deslocamento maior da nuvem, deixando os gafanhotos “adormecidos”, pois preferem o calor para se reproduzir e locomover.
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