A recente tragédia no país árabe trouxe de novo à tona preocupações sobre o armazenamento do perigoso material, tornando necessário saber como esses incidentes ocorrem para os prevenir.
A explosão de nitrato de amônio em Beirute, Líbano, abalou a cidade, provocando pelo menos 157 mortos, mais de 80 desaparecidos, ferindo mais de cinco mil pessoas e deixando até 300 mil desalojadas depois que metade dos edifícios da capital foi destruída total ou parcialmente, segundo o governador Marwan Abboud.
Apesar da existência de acidentes, no passado, pelo mundo afora com mais de uma centena de mortos por causa de explosões de nitrato de amônio, são necessárias muitas condições para que um evento desse tipo ocorra, escreve o portal The Conversation.
O nitrato de amônio (NH₄NO₃), produzido como pequenos grânulos porosos, não queima por si só, apesar de que isso pode ocorrer em temperaturas suficientemente altas. Caso contrário, precisa de elevadas quantidades de oxigênio, que alimentam e aceleram a combustão de substâncias como óleo combustível, sendo detonado por uma carga explosiva. Em explosivos de mineração, por exemplo.
Uma explosão resultante da presença de nitrato de amônio também pode ocorrer com um incêndio, mas precisa de ser contínuo e confinado dentro da mesma área que os pequenos grânulos porosos de nitrato de amônio, o que é normalmente resultado de fraco controle de segurança.
A explosão em 2015 de Tianjin, China, que matou 173 pessoas, aconteceu por causa da presença conjunta de produtos químicos inflamáveis e nitrato de amônio em uma fábrica de produtos químicos.
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