A onda binária gravitacional GW190521 é composta por dois buracos negros de massas de aproximadamente 85 e 66 massas solares.
O Observatório de Ondas Gravitacionais LIGO anunciou nesta terça-feira (1º) a descoberta da maior fusão de buracos negros já detectada até o momento. Ainda assim, se trata da primeira detecção clara de um buraco negro de massa intermediária (massa total de mais de 100 massas solares).
Esta onda gravitacional é a que possui maior massa observada ao longo da história e é formada por dois buracos negros de massas de aproximadamente 85 e 66 vezes superiores à do Sol, cujo resultado produziu a formação de um buraco negro remanescente de 142 massas solares.
Astrofísicos têm usado ondas gravitacionais desde 2015 para detectar sinais que possam ajudar a decodificar colisões massivas. Nesta ocasião, os pesquisadores identificaram um novo tipo de som que poderia contribuir para a revelação de segredos cósmicos.
A astrofísica Zsuzsanna Marka comentou ao portal Space que naquela ocasião não pode evitar notar a grande massa. “Isto é assombroso. Isto é enorme. Este é realmente um dos eventos de massa incrivelmente alta que esperávamos ver, mas não estava claro que, na verdade, estes buracos negros de massa alta existiam”, salientou a especialista.
Atualmente, a NASA qualificou os buracos negros como sendo de tamanhos “radicalmente diferentes”. Por uma parte, os buracos negros estelares que são de 10 a 24 vezes mais massivos que o Sol, e, por outra, os buracos negros supermassivos.
Contudo, os astrônomos suspeitavam que poderiam ter buracos negros de massa intermediária, ou seja, entre 100 e 1000 vezes a massa do Sol, cuja evidência foi confirmada pela descoberta.
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