Desde que, em 2015, as ondas gravitacionais foram detectadas, tal fenômeno astronômico foi registrado diversas outras vezes, como resultado da fusão entre buracos negros de massas quase idênticas.
Uma nova observação, porém, detectada por astrônomos do observatório LIGO, nos EUA, e do Virgo, na Itália, confirmou algo até então inédito nos anais científicos: ondas gravitacionais oriundas da colisão entre buracos negros de massas realmente diferentes.
O novo registro revela que um dos buracos negros que colidiram era 3,6 vezes mais pesado que o outro. O evento foi nomeado como GW190412 e aconteceu a 2,4 bilhões de anos-luz de distância do nosso planeta, e ocorreu entre um buraco negro com peso equivalente de cerca de 30 vezes a massa do Sol, e outro com “somente” oito vezes a dimensão da estrela.
A descoberta, de ondas mais fracas em frequências mais altas provocadas pelas massas distintas dos buracos negros, foi prevista pela relatividade geral teorizada por Albert Einstein.
“Detectamos várias fusões binárias de buracos negros antes, mas nunca uma em que o buraco negro maior seja quase quatro vezes mais massivo que seu companheiro”, disse o pesquisador Frank Ohme.
As ondas surgem em ondas gravitacionais irregulares, e a novidade permite testar a teoria da relatividade geral em um cenário inédito, para melhor compreendermos a diversidade de sistemas binários de buracos negros por todo o universo. “Estou animado para decifrar os segredos do universo um pouco mais todos os dias”, diz Ohme.
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