O desenvolvimento econômico e a ascensão do país asiático fazem os EUA ficarem nervosos e entrarem em pânico, mas este medo se origina em seus preconceitos, disse em entrevista à Sputnik um especialista chinês.
Li Junru, vice-presidente da Sociedade de Estudos dos Direitos Humanos da China, afirmou: “Os Estados Unidos tinham antes hegemonia mundial, eram o ‘grande irmão’ de todo o mundo, e todos tinham sua opinião em consideração. No entanto, a ascensão da China, em particular quando o PIB chinês já atingiu a meta dos US$ 10 trilhões [R$ 56,41 trilhões], fez com que os Estados Unidos ficassem nervosos e entrassem em pânico. Os EUA começaram a considerar tal desenvolvimento econômico da China como uma ameaça para si, a chamada teoria da ‘ameaça chinesa’ é originada pelo medo interno dos EUA.”
Ele notou que, na verdade, a China durante seu desenvolvimento nunca anunciou ambições de obter hegemonia mundial. De acordo com as palavras do especialista, o futuro crescimento econômico do país asiático não deve necessariamente prejudicar os interesses norte-americanos.
“Isso é seu medo pessoal, preocupação pessoal, é uma sensação de perigo que decorre de preconceitos pessoais”, acredita o especialista.
Entretanto, ele notou que os dois países têm muitos interesses comuns e pontos de contato, enquanto as divergências existentes e as diferentes visões de determinadas questões são determinadas pelas diferenças culturais.
“Nós entendemos que em culturas diferentes existem opiniões diferentes, tais questões não podem ser resolvidas através de críticas, acusações, quanto mais pela força militar, é preciso estabelecer diálogo e comunicação, o que permitirá determinar as divergências e encontrar pontos de contato”, adicionou o especialista chinês.
Ele acredita que nas relações sino-americanas é necessário não apenas procurar interesses mútuos, mas também prestar atenção aos pontos comuns no sistema de valores morais, enquanto os Estados Unidos devem descartar a mentalidade da Guerra Fria e olhar racionalmente para as relações entre os dois países e a ascensão pacífica da China.
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