A China poderia ser excluída das negociações de paz na península coreana depois da reunião que será em breve realizada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, advertem analistas consultados pelo jornal South China Morning Post.
O Ministério das Relações Exteriores da China tem ocupado nos últimos anos uma posição distante sobre a crise nuclear da Coreia do Norte, o que considera “não é seu assunto”, por isso Pyongyang e Washington “deveriam se comunicar diretamente“, explica Zhang Liangui, especialista chinês na Coreia da Escola Central do Partido Comunista.
No entanto, o especialista assegura que “agora as coisas estão fora do controle da China e não é estranho que ela esteja sendo excluída das discussões”.
“Agora tudo depende da atitude dos EUA”, opina Zhang, detalhando que “existe uma possibilidade de desnuclearização real se os EUA permanecerem determinados e não levarem em conta só os seus próprios interesses”.
No entanto, um alto diplomata em Seul assinalou em entrevista ao jornal chinês South China Morning Post que ambas as Coreias buscam reduzir a influência de Pequim sobre a península.
Por outro lado, Lu Chao, diretor do Instituto dos Estudos Fronteiriços da Academia de Ciências Sociais de Liaoning, China, enfatiza que Pequim deveria ser incluído nas negociações, já que foi signatário do armistício de 1953.
“Do ponto de vista legal, se um armistício se converte em um tratado de paz, todos os signatários deveriam fazer parte no processo, o que significa que a China também deveria obter um assento na mesa”, resumiu.
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