O governador Geraldo Alckmin assinou nesta segunda-feira (26), no Palácio dos Bandeirantes, o termo de empréstimo de bombas para combater a seca nos Estados da Paraíba e Pernambuco, no Nordeste.
O equipamento consiste em quatro conjuntos de bombas flutuantes, cada um deles com capacidade para bombear até 2 m³ de água bruta por segundo, o que equivale a 600 mil pessoas abastecidas por segundo.
“O que nós estamos fazendo é ganhar tempo, porque, com as superbombas, antes mesmo de atingir o nível, podemos jogar a água para frente e assim fazê-la chegar ao destino final 30 dias antes, o que faz toda a diferença nesse período”, disse Alckmin.
As bombas foram utilizadas na captação das reservas técnicas do Sistema Cantareira durante a crise hídrica no Estado de São Paulo, em 2013.
Agora, cedidas ao Ministério da Integração Nacional, serão transportadas para Floresta (PE), no eixo leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, e instaladas dentro do reservatório de Braúnas.
De lá, a água captada seguirá para a represa de Mandantes, no mesmo município, chegando a Monteiro, a primeira cidade paraibana a ter o abastecimento reforçado, com cerca de 30 mil habitantes.
O Estado da Paraíba é um dos mais afetados pelo quinto ano consecutivo de seca que afeta o Nordeste. As bombas devem entrar em operação já no começo de 2017.
O equipamento e demais materiais necessários para sua instalação, orçados em R$ 8,26 milhões, serão cedidos pelo período mínimo de 120 dias, com possibilidade de prorrogação, sem qualquer custo aos beneficiados. A Sabesp prestará ainda o apoio técnico necessário para a instalação e a operação das bombas.
Além dos quatro conjuntos de bombas flutuantes, cada um com dois motores e potência combinada de 350 cv, a Sabesp vai fornecer a estrutura necessária para sua operação, o que inclui dois conjuntos de motores de reserva, bem como 1.800 metros de tubulação para o transporte da água captada.
“Hoje é dia de colaboração. São Paulo passou por uma seca muito dura há três anos, superamos, e estamos melhores e mais preparados. Naquele momento nós compramos as superbombas, que custaram perto de R$ 20 milhões, para poder ter um bombeamento eficaz e poder utilizar a chamada reserva técnica”, disse o governador Geraldo Alckmin.
“Não estamos mais utilizando e vamos ceder ao Nordeste, que passa pela maior seca do século”, concluiu Alckmin.
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