O Parque SeaWorld anunciou que Tilikum, orca que foi responsável pela morte de sua treinadora em 2010, morreu na manhã desta sexta-feira (6) em Orlando, na Flórida.
A orca tinha cerca de 36 anos e vivia no SeaWorld de Orlando havia 25 anos, depois de ter sido transferida do parque Sealand of the Pacific, no Canadá.
A causa da morte só será determinada após a realização da necrópsia, mas a orca sofria de uma infecção bacteriana grave no pulmão.
“A vida de Tilikum vai sempre estar indissoluvelmente conectada com a perda de nossa querida amiga e colega, Dawn Brancheau“, declarou a instituição, em nota.
“Enquanto todos experimentamos profunda tristeza por essa perda, continuamos a oferecer a Tilikum o melhor cuidado possível, a cada dia, dos maiores especialistas em mamíferos marinhos do país”, acrescenta a nota.
Na morte da treinadora Brancheau, o comportamento foi tão agressivo que as equipes de socorro não conseguiram mergulhar para salvá-la. A treinadora, uma das mais experientes do Seaworld, ficou totalmente indefesa.
O terrível incidente, que foi testemunhado por várias pessoas do público que não tinham deixado o local após o final do espetáculo, foi registrado pelas câmeras de vídeo, que o parque se negou a divulgar por serem parte das investigações em andamento.
A morte de Dawn Brancheau foi rodeada de polêmica, e responsável pelo debate sobre manter orcas presas em cativeiro. Em 1991, em Sealand do Pacífico, no Canadá, Tilikum esteve envolvido na morte de um treinador, e em 1999 esteve de novo envolvido em outra morte – dessa vez, de um homem que teria entrado furtivamente no SeaWorld.
Em 2013, Tilikum protagonizou o documentário “Blackfish”, de Gabriela Cowperthwaite, que lança algumas dúvidas sobre as causas do ataque a Brancheau, os métodos de treino do Seaworld e o tratamento dado aos animais em cativeiro.
Depois da morte de Brancheau, o Seaworld adotou novas medidas de segurança em seus parques de Orlando (Flórida), San Diego (Califórnia) e San Antonio (Texas). Em março do ano passado, a empresa terminou sua criação em cativeiro de orcas.
Assim, as baleias que existem nos parques serão a última geração.
Ciberia // Rede GNI