Morreu nesta segunda-feira, dia 09 de janeiro, o sociólogo Zygmunt Bauman, aos 91 anos. Ele vivia em Leeds, na Inglaterra, há décadas, e foi o criador do conceito “modernidade líquida”. O motivo da morte do polonês ainda não foi divulgado.
Com formação marxista, Zygmunt Bauman estudou a relação entre modernidade e totalitarismo e a transição do moderno à cultura pós-moderna.
Possuidor de uma extensa biografia com intensas reflexões sobre a sociedade e o mundo atual, o filósofo nasceu de uma família judia, no dia 19 de novembro de 1925, em Poznan. Quando criança, teve que fugir com a família por conta do Nazismo, e se exilou na URSS.
Chegou a servir nas fileiras do Exército durante a Segunda Guerra Mundial, que viria a ser um de seus principais campos de estudo.
Mais tarde, Bauman foi expulso do Partido Comunista, em uma confusão marcada pelo antisemitismo envolvendo conflitos em Israel. Ele se mudou para Tel Aviv, e se instalou na Universidade de Leeds, na Inglaterra, onde permaneceu a maior parte da sua carreira.
A ‘liquidez” das relações sociais, teoria criada por ele, abriria um vasto terreno de análise para as mais diferentes áreas, como a filosofia, cultura, sociologia, relacionamento humano e até mesmo na revolução que as mídias digitais trouxeram para a sociedade moderna.
Mesmo aos 91 anos, Bauman, que deixa três filhas, se manteve ativo, sem deixar de publicar livros e teorias, sendo considerado um dos maiores filósofos e sociólogos do final do século 20 e início do século 21.
A maioria das suas obras foram traduzidas para o português, sendo “A riqueza de poucos beneficia todos nós?”, seu último título publicado no Brasil.
// Oficina da Net / Agência BR