Philip Wilson, de 67 anos, foi acusado de omitir crimes de abuso sexual cometidos pelo padre James Fletcher contra um rapaz de 10 anos, nos anos 1970.
Nesta terça-feira (22), um tribunal australiano declarou o arcebispo Philip Wilson culpado de encobrir casos de pedofilia durante os anos de 1970, crime pelo qual enfrenta agora uma pena máxima de dois anos de prisão.
O dirigente da Arquidiocese de Adelaide desde 2001, de 67 anos, foi acusado de omitir crimes de abuso sexual perpetrados pelo padre James Fletcher contra um rapaz de 10 anos, nos anos 1970, em uma paróquia no Hunter Valley, ao norte de Sydney.
Fletcher foi condenado em 2004 a oito anos de prisão por nove casos de abuso sexual, mas morreu 13 meses depois, na sequência de um enfarte.
Durante o julgamento, a defesa argumentou que o arcebispo, recentemente diagnosticado com a doença de Alzheimer, foi incapaz de comparecer perante o juiz devido ao impacto da doença nas “funções cognitivas”.
“Estou obviamente chateado com a decisão divulgada”, disse Philip Wilson, em breve comunicado, depois de tomar conhecimento da decisão do tribunal.
“Agora devo considerar as razões e consultar meus advogados para determinar os próximos passos”, afirmou o arcebispo, que está em liberdade condicional até a divulgação da sentença final, marcada para o dia 19 de junho.
A Igreja Católica, com forte presença na Austrália, recebeu queixas de 4.500 pessoas por supostos abusos cometidos por cerca de 1.880 membros da instituição entre 1980 e 2015, embora alguns casos datem dos anos 1920.
No início deste ano, vários arcebispos australianos admitiram que a resposta da Igreja Católica no país aos casos de pedofilia estava errada e levou a uma situação de “negligência criminosa“.
Ciberia, Lusa // ZAP