Quatro artistas de diferentes nacionalidades se inspiraram na figura do tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna para montar uma exposição no Museo Tamayo Arte Contemporáneo, na Cidade do México.
A mexicana Tania Pérez, o peruano Armando Andrade, a sueca Nina Canell e o dinamarquês Thomas Poulsen criaram obras para a mostra e recuperaram outras apresentadas anteriormente para exibir quatro exposições em uma.
A exibição, intitulada “Ayrton“, não é um percurso pela vida ou pela carreira do piloto, mas serviu de inspiração aos criadores para pensar em conceitos que se contrapõem com a escultura e os métodos expositivos como mente, corpo, carro, velocidade, engenharia, equipe, política, capital e matéria, relacionados com a Fórmula 1.
A curadora da exposição, Manuela Moscoso, explicou que os artistas utilizaram a figura do brasileiro para aplicar algo similar a um “Macguffin”, estratégia do diretor de cinema Alfred Hitchcock para motivar os personagens e o desenvolvimento de uma história.
“Vimos o filme de Senna que fala sobre o objeto entre o espiritual e o tecnológico”, explicou Moscoso.
Mais do que ser uma referência temática ou um conceito, “Ayrton” funciona como um ponto de partida e uma área de trabalho para pensar a vida de determinados objetos, um capacete, uma escultura, uma obra de arte.
A mostra é na realidade composta por quatro exibições entrelaçadas. Andrade apresenta obras que exploram os vínculos entre as formas e os contextos históricos e sociais, enquanto Pérez partiu de aspectos biográficos e narrativos que se envolvem no processo artístico para criar esculturas pensadas como protagonistas.
Canell exibe peças para refletir a comunicação de conteúdos de acordo com seu meio de entrega e Poulsen buscou alterar de forma física e psicológica o espaço a partir de obras entre a escultura e o dispositivo.
A exposição abrirá no dia 1º de abril, um mês antes do 23º aniversário da morte de Senna no Grande Prêmio de San Marino, e estará no Museo Tamayo, na capital mexicana, até 13 de agosto.
// EFE