Enquanto explorava uma galáxia distante, a NASA conseguiu medir o tamanho de um asteroide. É três vezes o tamanho de Londres e poderia causar uma destruição em massa – ou até extinguir a humanidade, em caso de impacto com o planeta Terra.
Conhecido como Palma, o asteroide foi descoberto em 1893 pelo astrônomo francês Auguste Charlois, no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Este corpo celeste orbita em torno do Sol em uma trajetória constante e não aparenta ser uma ameaça à Terra planeta.
Para medir o asteroide, os astrônomos aguardaram pela passagem dele em frente ao raio da galáxia, em um fenômeno chamado “ocultação” que afeta as características dos sinais recebidos pelas antenas terrestres e através das antenas VLBA em Washington, Califórnia, Texas, Arizona e Novo México, conseguiram medir o asteroide.
A análise levou os astrônomos a concluir que o corpo celestial difere significativamente de um círculo perfeito e tem 192 quilômetros de largura – três vezes maior do que a cidade de Londres.
O próximo passo para os astrônomos será determinar melhor a verdadeira forma do asteroide, através da combinação de dados de rádio com observações óticas. “Usar a técnica de observar a ocultação por asteroides com o VLBA se revelou um método extremamente poderoso para calcular a dimensão do Palma”, disse Kimmo Lehtinen, do Instituto de Pesquisa Geoespacial da Finlândia.
“Além disso, a técnica permite também identificar imediatamente formas incomuns ou a existência de asteroides binários – o que significa que, sem qualquer dúvida, será usada para estudos futuros de asteroides”, acrescentou Lehtinen.
Em maio de 2015, o Palma bloqueou as ondas de rádio da galáxia 0141+268 ao criar uma sombra enquanto passava em frente do planeta, o que ajudou os astrônomos a avaliarem seu tamanho, fazendo uma estimativa daquilo que poderia ser a sua forma.