Os cientistas observaram e registraram o primeiro caso conhecido de infanticídio entre orca. Os biólogos acusaram uma baleia assassina de cometer o crime e a mãe do assassino teria sido cúmplice.
Cientistas da Colúmbria Britânica, no Canadá, observaram pela primeira vez como uma orca macho afogou um filhote da mesma espécie para poder acasalar com sua mãe.
De acordo com a CBC News, o acontecimento deu-se perto da costa da ilha de Vancouver, no Canadá, no dia 2 de dezembro de 2016, mas só esta semana o estudo foi publicado nos Scientific Reports.
Jared Towers e seus colegas detectaram umas chamadas estranhas procedentes de orcas e decidiram rastreá-las. A equipe observou então dois grupos de animais: um consistia de uma baleia assassina com suas crias, a outra de um macho de 32 anos com sua mãe de 46.
Quando os grupos interagiram, os pesquisadores pensaram que as orcas tinham encontrado uma presa, mas rapidamente se deram conta de que um filhote recém-nascido “não vinha totalmente à superfície”. Depois, observaram o macho passar perto do barco, aí já com o “filhote na boca”.
No fim das contas, o macho tinha agarrado o filhote para levá-lo para longe da mãe. Depois disso, a cria foi mantida debaixo da superfície até morrer afogada. “Estávamos realmente aterrorizados e fascinados”, agregou Jared Towers ao se lembrar da cena.
Os cientistas não acreditam que a presa tenha sido assassinada como uma presa, mas que se tratou de um exemplo do chamado comportamento sexualmente seletivo: o macho de 32 anos a assassinou para poder acasalar com sua mãe.
O infanticídio acontece entre os mamíferos, por exemplo, entre os leões. No entanto, esse é o primeiro caso documentado entre orcas.
Além disso, segundo destacam os cientistas, o caso observado no Canadá questiona a crença de que as orcas são seletivas no que diz respeito aos machos. Segundo Towers, “pensamos agora que é muito provável que as fêmeas não tenham muitas opções na hora de se reproduzirem”.
Ciberia // ZAP