Em live para a qual convocou veículos de imprensa, Bolsonaro exibiu uma série de teorias falsas, cálculos equivocados e vídeos antigos, já verificados e desmentidos, mas que ainda circulam na internet, como supostas evidências de fraude no sistema eleitoral.
Na transmissão, que durou mais de duas horas, o presidente apareceu ao lado de um homem que apresentou apenas como “Eduardo, analista de inteligência”. Somente ao fim da live o governo disse se tratar do coronel do exército Eduardo Gomes da Silva, ex-assessor especial do ministro Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil.
Segundo Bolsonaro, hoje o coronel trabalha para a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), e, em currículo apresentado pelo Planalto, não consta qualquer especialização na área de segurança da informação, noticiou o portal G1.
“Esses vídeos, todos eles estão disponíveis na internet. E por que nós fizemos questão de buscar nessa fonte? Porque é o povo. Essas pessoas não foram pagas para fazer isso, elas demonstraram interesse em ter uma democracia melhor, mais avançada, mais justa e transparente”, disse Gomes da Silva antes de apresentar os vídeos com supostos indícios de brechas no sistema.
Presidente é desmentido em tempo real
O próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu no Twitter e em seu site alegações feitas na live durante a transmissão. Serviços de checagem como Lupa e Aos Fatos também apontaram como falsos vários dos pontos levantados na live.
Entre o material exibido está um vídeo em que um programador dizia simular o código-fonte de uma urna eletrônica e mostrar maneiras de fraudar o sistema. Em um dos links compilados no site do TSE, o tribunal esclarece que “uma urna eletrônica real não é tão simples nem desprotegida como aquela apresentada no vídeo
“Além disso, há meios de auditoria para se verificar se os softwares e firmwares executados na urna contêm algum mecanismo malicioso, como o exposto no vídeo. Há também todo um conjunto de procedimentos que impede a recepção de resultados ilegítimos provenientes de eventuais equipamentos clonados ou gerados por softwares ilegítimos”, diz a nota, publicada originalmente em novembro de 2020.
Em um de seus tuítes, o TSE também contestou a afirmação de Bolsonaro de que a apuração dos votos é feita “numa sala secreta”. “A apuração dos resultados é feita automaticamente pela #UrnaEletrônica ao encerramento da votação. Os dados criptografados são transmitidos ao @TSEjusbr, que checa a autenticidade/integridade e faz a totalização, em processo PÚBLICO e auditável”, diz a postagem do tribunal, com link para um texto com mais informações sobre o assunto.
O TSE também rebateu a declaração de Bolsonaro de que o sistema de votação eletrônica adotado pelo Brasil só é usado no Butão e em Bangladesh. O tribunal divulgou um vídeo em que aponta que pelo menos 46 países utilizam votação eletrônica em algum tipo de eleição, e que 16 países, incluindo o Brasil, não usam boletins de papel e registram o voto eletronicamente.
Live de Bolsonaro durou mais de duas horas
“Além disso, há meios de auditoria para se verificar se os softwares e firmwares executados na urna contêm algum mecanismo malicioso, como o exposto no vídeo. Há também todo um conjunto de procedimentos que impede a recepção de resultados ilegítimos provenientes de eventuais equipamentos clonados ou gerados por softwares ilegítimos”, diz a nota, publicada originalmente em novembro de 2020.
Em um de seus tuítes, o TSE também contestou a afirmação de Bolsonaro de que a apuração dos votos é feita “numa sala secreta”. “A apuração dos resultados é feita automaticamente pela #UrnaEletrônica ao encerramento da votação. Os dados criptografados são transmitidos ao @TSEjusbr, que checa a autenticidade/integridade e faz a totalização, em processo PÚBLICO e auditável”, diz a postagem do tribunal, com link para um texto com mais informações sobre o assunto.
O TSE também rebateu a declaração de Bolsonaro de que o sistema de votação eletrônica adotado pelo Brasil só é usado no Butão e em Bangladesh. O tribunal divulgou um vídeo em que aponta que pelo menos 46 países utilizam votação eletrônica em algum tipo de eleição, e que 16 países, incluindo o Brasil, não usam boletins de papel e registram o voto eletronicamente.