Caçadores que entraram em uma reserva sul-africana para matar e roubar chifres de rinocerontes acabaram como comida para um grupo de seis leões. Um caso em que o rei da selva fez valer a sua justiça.
Um guarda florestal que levava visitantes à Reserva de Caça de Sibuya, no Cabo Oriental, na África do Sul, descobriu restos humanos perto de um bando de leões, em uma viagem de safári. Esse foi o momento que lançou o alerta.
A descoberta posterior de restos de pão, sapatos, luvas, armas e um machado levou à conclusão de que os leões teriam matado um grupo de caçadores furtivos, que andariam, provavelmente, em busca por chifres de rinocerontes.
O dono da reserva, Nick Fox, conta ao noticiário local HeraldLIVE que havia “vestígios humanos claramente visíveis” e que as suspeitas apontam para dois ou três caçadores mortos. As identidades também não são conhecidas.
Os responsáveis da reserva tiveram que dar tranquilizantes aos leões para poder investigar melhor, encontrando um crânio e partes de um osso pélvico.
“Estavam armados com uma espingarda de alta potência com silenciador, um machado, cortadores de arame, entre outras coisas, e tinham suprimentos alimentares para vários dias”, diz Fox, citado pelo Live Science.
Esses indícios apontam para a intenção de “matar rinocerontes” para “remover os seus chifres”, sustenta o proprietário da reserva.
A África do Sul abriga mais de 80% dos poucos rinocerontes que restam no mundo. A caça furtiva a estes animais contribui seriamente para a sua extinção. Em 2017, foram mortos 1.028 rinocerontes na África do Sul, contra apenas 13 em 2007, segundo dados da National Geographic.
Em países como China e Vietnã, os chifres de rinoceronte são muito cobiçados, para serem usados como ingredientes medicinais.
Ciberia // HypeScience / ZAP