O ministério chileno da Saúde anunciou nesta quarta-feira (6) mais uma mudança relacionada ao ingresso de pessoas ao país. Quem viajar para o Chile com o esquema de vacinação completo poderá ser liberado da quarentena obrigatória de cinco dias, desde que apresente um teste negativo PCR feito após a chegada no país.
A medida passa a valer a partir de 1° de novembro tanto para chilenos e estrangeiros residentes, quanto para turistas. “Esta é uma ótima notícia para o turismo, por isso devemos seguir nos cuidando para que possamos avançar ainda mais”, disse o subsecretário de Turismo José Luis Uriarte.
A subsecretária de Saúde do Chile Paula Daza esclareceu que a mudança foi deliberada “considerando os dados atuais de baixa incidência de casos positivos de Covid-19 em passageiros e todos os antecedentes epidemiológicos que temos hoje”.
De acordo com os dados divulgados pelo ministério da Saúde, de 23 de novembro de 2020 a 30 de setembro deste ano, somente 0,7% dos viajantes que entraram no país pelo Aeroporto Internacional de Santiago Arturo Merino Benítez apresentaram resultado positivo para a Covid-19.
O anúncio da mudança chega cerca de um mês depois que as fronteiras do país foram oficialmente abertas. Desde o dia 1° de outubro, quem está vacinado e chega ao Chile deve cumprir uma quarentena obrigatória de cinco dias.
Atualmente chilenos e estrangeiros residentes estão autorizados a entrar apresentando um teste PCR negativo (feito em até 72 horas antes do embarque) e uma declaração juramentada (preenchida de forma online pelo menos 48 horas antes do embarque). Para quem não está vacinado, o prazo de quarentena é de sete dias.
No caso dos turistas a documentação necessária é maior e não está permitido o ingresso de não vacinados. É preciso, além do teste PCR negativo e da declaração juramentada, um seguro médico com cobertura mínima de US$ 30 mil e a validação do esquema completo de vacinação. Essa validação é feita pelo Ministério da Saúde do Chile e é requerida através do site www.mevacuno.gob.cl.
O governo informa que este deve ser o primeiro passo para qualquer turista que deseja entrar no país e o prazo para recebimento da resposta é de até 30 dias. As vacinas que poderão ser validadas no Chile são as dos laboratórios Moderna, Pfizer/BioNTech, Janssen (Johnson&Johnson), Oxford/AstraZeneca, Sinopharm, Sinovac, CanSino y Generium (Sputnik-V).
O que muda a partir do dia 1° de novembro é basicamente a quarentena de cinco dias para chilenos, estrangeiros residentes e turistas vacinados. O período de isolamento deixa de ser obrigatória para aqueles que, após o desembarque no território chileno, realizem um novo teste PCR e tenham um resultado negativo. Essa medida não impede que os funcionários do Ministério da Saúde continuem entrando em contato por 10 dias para o acompanhamento de qualquer sintoma.
Passe de Mobilidade
De forma semelhante a iniciativas já implementadas em Israel, em países da União Européia e alguns estados dos Estados Unidos, o Chile implementou o chamado Passe de Mobilidade. Trata-se de um documento, emitido de forma online, a todos os que tenham completado seu esquema de vacinação. O documento contém um código QR dinâmico, isso quer dizer que pode ficar habilitado ou inabilitado em determinadas circunstâncias, tais como casos positivos de Covid-19 ou contatos próximos.
O equivalente chileno do Passaporte Sanitário está em vigência desde 26 de maio e permite que as pessoas possam fazer viagens inter-regionais, entrar em cinemas, teatros, academias, áreas internas de restaurantes e demais espaços onde seja requerido o documento para evitar aglomerações.
O turista que chega ao país com seu esquema de vacinação validado também recebe o Passe de Mobilidade. “Ao recebê-los no Chile nós vamos levar em consideração todos os protocolos sanitários e também será exigido que eles estejam com o Passe de Mobilidade habilitado. Estamos contentes com esse avanço, mas queremos seguir sendo responsáveis para que possamos chegar à alta temporada, dando passos adiante que nos permitam uma maior reativação do turistmo”, finalizou José Luis Uriarte, subsecretário de Turismo do Chile.
// RFI