Cientistas alertam que um asteroide colidirá mesmo com a Terra

A colisão de um asteroide com a Terra é uma certeza, só falta saber quando isso irá acontecer. O alerta é dado por cientistas que preveem que as consequências podem ser devastadoras para uma grande cidade ou até para um continente.

Para o professor Alan Fitzsimmons, astrofísico do Centro de Pesquisa da Universidade de Queen’s (QUB), em Belfast, na Irlanda do Norte, o impacto de um asteroide com a Terra é apenas uma questão de tempo. O cientista alerta que a colisão é uma certeza, só não há ainda uma data para o efeito, conforme aponta em uma declaração divulgada pela QUB.

As palavras de Alan Fitzsimmons surgem nas vésperas do Dia do Asteroide que acontece nesta sexta-feira (30). Nessa data, em 1908, um pequeno asteroide caiu em Tunguska, na Sibéria, afetando uma área de mais de dois mil quilômetros quadrados.

Alan Fitzsimmons está certo de que irá acontecer um impacto semelhante no futuro, sendo que se for um asteroide da mesma dimensão poderá arrasar uma grande cidade, enquanto um objeto maior teria repercussões ainda mais devastadoras.

“Cerca de 1.800 potenciais objetos perigosos foram descobertos até agora, mas há ainda muitos mais à espera de serem encontrados”, alerta o professor citado pela QUB.

“Os astrônomos encontram asteroides próximos da Terra todos os dias e a maioria é inofensiva. Mas continua possível que a próxima Tunguska nos apanhe de surpresa, embora estejamos muito melhor ao encontrar grandes asteroides, mas isso não nos serve de nada se não estivermos preparados para fazer alguma coisa”, conclui o astrofísico que integra o projeto NEOshield-2, financiado pelo Conselho Europeu de Pesquisa para estudar como desviar asteroides perigosos da Terra.

No início do mês de junho, um grupo de cientistas tchecos tinha também reforçado o alerta quanto ao possível impacto de um asteroide com a Terra. Estes astrônomos da Academia de Ciências da República Tcheca evidenciam a ameaça que representa uma chuva de meteoritos conhecida como Táuridas.

Em um estudo que será publicado no jornal Astronomy & Astrophysics, os cientistas revelam a descoberta de um novo “braço” de Táuridas, com objetos que se movem em torno do Sol, e se encontra com a Terra “uma vez a cada poucos anos, por um período de cerca de três semanas”, conforme cita o site científico Phys.org.

“Durante este período, a probabilidade de colisão com um grande objeto (de cerca de uma dúzia de metros de diâmetro) é marcadamente maior“, frisam os pesquisadores.

A pesquisa evidencia ainda a necessidade de mais pesquisa para “uma melhor descrição desta fonte real de potenciais objetos perigosos que podem ser grandes o suficiente para causar um desastre local ou até continental“.

// ZAP

COMPARTILHAR

2 COMENTÁRIOS

  1. Segundo o artigo, que aparentemente ninguém revê, o asteroide que caiu em Tunguska na Sibéria, em 1908, afetou uma área de mais de dois mil metros quadrados. Ui…. é uma área do tamanho do meu quintal, e deverá ter devastado a plantação de cenouras e nabos lá plantados.

DEIXE UM COMENTÁRIO:

Como é feito o café descafeinado? A bebida é realmente livre de cafeína?

O café é uma das bebidas mais populares do mundo, e seus altos níveis de cafeína estão entre os principais motivos. É um estimulante natural e muito popular que dá energia. No entanto, algumas pessoas preferem …

“Carros elétricos não são a solução para a transição energética”, diz pesquisador

Peter Norton, autor do livro “Autonorama”, questiona marketing das montadoras e a idealização da tecnologia. Em viagem ao Brasil para o lançamento de seu livro “Autonorama: uma história sobre carros inteligentes, ilusões tecnológicas e outras trapaças …

Método baseado em imagens de satélite se mostra eficaz no mapeamento de áreas agrícolas

Modelo criado no Inpe usa dados da missão Sentinel-2 – par de satélites lançado pela Agência Espacial Europeia para o monitoramento da vegetação, solos e áreas costeiras. Resultados da pesquisa podem subsidiar políticas agroambientais Usadas frequentemente …

Como o Brasil ajudou a criar o Estado de Israel

Ao presidir sessão da Assembleia Geral da ONU que culminou no acordo pela partilha da Palestina em dois Estados, Oswaldo Aranha precisou usar experiência política para aprovar resolução. O Brasil teve um importante papel no episódio …

O que são os 'círculos de fadas', formações em zonas áridas que ainda intrigam cientistas

Os membros da tribo himba, da Namíbia, contam há várias gerações que a forte respiração de um dragão deixou marcas sobre a terra. São marcas semicirculares, onde a vegetação nunca mais cresceu. Ficou apenas a terra …

Mosquitos modificados podem reduzir casos de dengue

Mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia podem estar associados a uma queda de 97% nas infecções de dengue em três cidade do vale de Aburra, na Colômbia, segundo o resultado de um estudo realizado pelo …

Chile, passado e presente, ainda deve às vítimas de violações de direitos humanos

50 anos após a ditadura chilena, ainda há questões de direitos humanos pendentes. No último 11 de setembro, durante a véspera do 50° aniversário do golpe de estado contra o presidente socialista Salvador Allende, milhares de …

Astrônomos da NASA revelam caraterísticas curiosas de sistema de exoplanetas

Os dados da missão do telescópio espacial Kepler continuam desvendando mistérios espaciais, com sete exoplanetas de um sistema estelar tendo órbitas diferentes dos que giram em torno do Sol. Cientistas identificaram sete planetas, todos eles suportando …

Em tempos de guerra, como lidar com o luto coletivo

As dores das guerras e de tantas tragédias chegam pelas TV, pelas janelinhas dos celulares, pela conversa do grupo, pelos gritos ou pelo silêncio diante do que é difícil assimilar e traduzir. Complicado de falar …

Pesquisa do Google pode resolver problemas complexos de matemática

O Google anunciou uma série de novidades para melhorar o uso educativo da busca por estudantes e professores. A ferramenta de pesquisa agora tem recursos nativos para resolver problemas mais complexos de matemática e física, inclusive …