A empresa norte-americana IBM conseguiu armazenar um bit em um único átomo. Nos discos rígidos mais utilizados são precisos cerca de 100 mil átomos para armazenar a mesma quantidade de informação.
No estudo publicado na Nature, a IBM explica que seria possível armazenar todo o catálogo da iTunes (cerca de 35 milhões de músicas) em um único disco do tamanho de um cartão de crédito através da nova técnica.
Este sistema utiliza átomos de Holmium em cima de uma superfície de óxido de magnésio que mantém os polos magnéticos dos átomos estáveis, mesmo na presença de outros elementos magnéticos. A orientação destes polos determina se o átomo constitui uma informação de 0 ou 1.
Para gravar no inovador sistema de armazenamento, uma agulha microscópica induz a corrente a mudar a orientação do átomo. E, para ler a informação, basta medir a corrente magnética que passa por cada átomo, que varia se os polos estiverem para cima ou para baixo.
Infelizmente, a tecnologia não deve chegar ao mercado nos próximos meses porque, para funcionar corretamente, é necessário um microscópio eletrônico que é esfriado com hidrogênio líquido no vácuo.
O investigador Christopher Lutz explica que o armazenamento à escala atômica ainda deve levar décadas de poder ser comercializado. Nesta fase, a equipe está obtendo apenas os primeiros resultados. Ainda falta desenvolver os processos de fabricação sustentáveis e que os átomos permitam guardar dados durante longos períodos de tempo.
No entanto, os cientistas vão poder usar tudo o que aprenderam na pesquisa para desenvolver um novo armazenamento de alta densidade que funcione fora de um laboratório, provavelmente usando um pequeno número de átomos que pode ajudar uns aos outros a permanecerem estáveis à temperatura ambiente.
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