A cadeia televisiva CNN recusou transmitir um anúncio elogiando o desempenho presidencial de Trump, alegando que era uma forma de notícia falsa, o que levou os apoiantes a acusá-la de censura.
No anúncio da campanha de Trump, que em 19 de janeiro se declarou candidato à reeleição, assegura-se que “a América raramente viu tal sucesso” e lista uma série de ações dos primeiros 100 dias da sua presidência.
“Você não saberia disso vendo as notícias. A América está ganhando e o presidente Trump está tornando a América grande outra vez”, diz no anúncio.
Este espaço comercial exibe ainda os rostos dos jornalistas televisivos Andrea Mitchell (NBC), Wolf Blitzer (CNN), Rachel Maddow (MSNBC), George Stephanopoulos (ABC) e Scott Pelley (CBS) com letras em cima dos rostos acusando-os de serem “FAKE NEWS”.
Esta recusa da CNN deu origem a críticas. Em um press realease divulgado esta terça-feira (2), o diretor executivo do anúncio, Michael Glassner, teceu considerações pouco abonatórias sobre a estação televisiva.
“É claro que a CNN está tentando silenciar a nossa voz e censurar a nossa liberdade de expressão porque não cabe na sua narrativa”, afirma. Em uma crítica mais ampla, Glassner diz ainda que “é simplesmente vergonhoso ver os meios de comunicação bloquearem a mensagem positiva que o presidente Trump está tentando compartilhar com o país”.
Após estas acusações de censura, a CNN se justifica ao dizer que o vídeo não foi emitido na totalidade porque é “falso” e “os meios de comunicação não são fake news”.
“Os principais meios de comunicação social não divulgam notícias falsas, pelo que o anúncio é falso e, por política, só seria aceito se este gráfico fosse apagado”, adiantou a estação em mensagem divulgada no Twitter.
Mas esta não é a primeira vez que a CNN tem problemas com Donald Trump. Ainda em fevereiro, durante uma conferência de imprensa, Donald Trump entrou em um debate com o correspondente Jim Acosta, criticando o tom da estação. O presidente disse ainda que, ao se referir à CNN, iria passar a dizer “very fake news”.
A posição de Trump em relação à veracidade dos veículos de comunicação é no entanto algo desconfortável, desde que foi pego por um jornalista ao vivo dando informações falsas – inquestionavelmente e inegavelmente.
// ZAP