Uma reportagem publicada neste fim de semana pela revista New Yorker afirma que congressistas dos Estados Unidos estão mantendo “conversas privadas” a respeito da possibilidade de retirar o republicano da Presidência do país.
Após 100 primeiros dias tumultuados de governo, deputados e senadores do Congresso norte-americano vêm discutindo as possibilidade de Trump concluir o seu mandato ou não, sobretudo com a profusão de escândalos já mencionados em sua gestão.
Segundo a New Yorker, há duas formas de Trump deixar a Presidência: por meio de um processo de impeachment, ou pela 25a emenda da Constituição do país, que permite que um presidente perca o cargo se for considerado mentalmente incapaz de ocupar o posto.
Em entrevista ao programa ‘The Last Word’, da MSNBC, o autor do artigo, Evan Osnos, diz que essas conversas vêm acontecendo em mesas de jantares e a pergunta gira em torno das dúvidas quanto às capacidades de Trump.
Há um forte temor de uma “crise constitucional” se Trump seguir até o fim do governo, principalmente com investigações acerca da ligação do presidente com a Rússia, e existe ainda a perspectiva do presidente não estar disposto a colaborar com o Congresso.
Se não for por meio de um impeachment, Trump pode ser removido pelo que prevê a 25a emenda, adicionada em 1967, e que prevê que o vice-presidente, a maioria do gabinete, ou um grupo independente de médicos, por exemplo, indicados pelo Congresso, poderiam atestar a incapacidade do presidente de seguir no cargo.
Dois terços das duas Casas do Congresso são necessárias para removê-lo.
Em fevereiro deste ano, uma carta assinada por 35 profissionais de saúde mental e publicada no “The New York Times”, alertava para o comportamento exibido pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Segundo o texto, “a grave instabilidade emocional indicada pelo discurso e pelas ações do senhor Trump o tornam incapaz de servir de forma segura como presidente”.
Ciberia // Sputnik News / New Yorker