As duas Coreias decidiram nesta quarta-feira (17) desfilar juntas sob uma bandeira unificada na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecerá no dia 9 de fevereiro no condado sul-coreano de PyeongChang, segundo informaram em comunicado conjunto.
A medida foi definida em reunião de alto escalão realizada na fronteira entre os países, justamente, para debater a participação norte-coreana no evento poliesportivo. Neste sábado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) dará a palavra final sobre o assunto.
Esta será a primeira vez que as duas Coreias, que, tecnicamente, se mantêm em guerra há mais de 65 anos, caminham juntas desde os Jogos de Inverno realizados em Turim, na Itália, em 2006. Antes, o desfile aconteceu nos Jogos de Verão, nas edições de Sydney, na Austrália, em 2000, e Atenas, na Grécia, em 2004.
Além disso, representantes dos países decidiram pela formação de uma equipe unificada de hóquei feminino sobre o gelo, apesar das críticas na Coreia do Sul, de discriminação das jogadoras locais, em detrimento das norte-coreanas, que não se classificaram para os Jogos.
Esta será a terceira vez que acontecerá aliança para formar um time esportivo. Em 1991, houve uma só Coreia no Campeonato Mundial de Tênis de Mesa, realizado no Japão, e no Campeonato Mundial sub-20 de futebol, disputado em Portugal.
Hoje, representantes das duas Coreias se encontraram, para discutir detalhes sobre o evento. O regime liderado por Kim Jong-un propôs que a delegação do país viaje por terra, através da passagem situada na faixa ocidental da fronteira, utilizada para o funcionamento do polígono intercoreano de Kaesong, fechado desde 2016, divulgou o Ministério de Unificação sul-coreano.
Durante as conversas, ambas partes discutiram também a possibilidade de realizar atos culturais conjuntos no Monte Kumgang e também na estação de esqui de Masikryong, ambos pontos em território norte-coreano.
Ciberia // EFE