O Brasil totalizou, nesta quarta-feira (17/6), 46.510 mortes por covid-19 desde a chegada do novo coronavírus.
Na sexta-feira, o país superou os registros do Reino Unido e se tornou o segundo com maior número de óbitos pela doença em todo o mundo — está atrás apenas dos Estados Unidos, que tem 116 mil vítimas.
Desde o registro do primeiro caso no Brasil, em 26 de fevereiro, o país soma 955.377 casos de covid-19. Somente nas últimas 24 horas, foram contabilizadas 1.269 mortes e 32.188 novos casos. A taxa de letalidade do novo coronavírus no país é de 4,9%.
Os Estados com mais mortes acumuladas no Brasil são: São Paulo (11.521), Rio de Janeiro (8.138), Ceará (5.070), Pará (5.282) e Pernambuco (4.009).
Os dados são do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) — a entidade criou uma plataforma para registrar os dados sobre o novo coronavírus no país após o Ministério da Saúde ter, no início do mês, decidido divulgar os números de forma menos detalhada.
Após a controvérsia causada pela mudança e uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto, a pasta recuou e voltou a divulgar os números completos.
Mudanças e atraso na divulgação de dados
O painel covid-19, do governo, que costumava trazer diversos dados e gráficos sobre a doença, ficou fora do ar por algumas horas entre os últimos dias 5 e 6 de junho. Quando voltou ao ar, trazia apenas os dados das últimas 24 horas e não fazia referência ao total de mortes. Diversos dados detalhados deixaram de ser exibidos.
Três dias antes, o horário de divulgação do material havia passado do início da noite para as 22h, inicialmente por “problemas técnicos”, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, e, dois dias depois, porque os dados informados pelas secretarias estaduais de saúde precisariam “de checagem junto aos gestores locais”.
Perguntado na ocasião sobre alterações no horário de divulgação, Bolsonaro brincou com o horário do Jornal Nacional, da TV Globo, normalmente exibido por volta de 20h30. “Acabou matéria no Jornal Nacional?”, disse, rindo.
“Mas é para pegar o dado mais consolidado, e tem que divulgar os mortos no dia. Por exemplo, ontem, praticamente dois terços dos mortos eram de dias anteriores, os mais variados possíveis. Tem que divulgar o do dia. O resto consolida para trás. Se quiser fazer um programa do Fantástico todinho sobre mortos nas últimas semanas, tudo bem.”
// BBC