O governo britânico anunciou nesta terça-feira (9) a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 dos profissionais de saúde pública. Entram na lista todos aqueles que atuam na linha de frente dos atendimentos à população na Inglaterra, a partir de 1º de abril, sob pena de demissão.
Depois de uma consulta sobre o assunto, “cheguei à conclusão de que todos os que trabalham [com pacientes] para o NHS”, o serviço público de saúde, “têm de ser vacinados“, disse o ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, ao Parlamento.
A medida foi tomada no momento em que os serviços de saúde com financiamento público enfrentam uma enorme lista de espera em todas as especialidades, devido a uma redução drástica nas consultas durante a pandemia de covid-19.
Ficam isentos desta obrigação aqueles que não trabalham em contato direto com os pacientes ou não possam ser vacinados por motivos de saúde.
Referindo-se a números recentes, Javid observou que “cerca de 90% do pessoal do NHS já recebeu duas doses” da vacina, embora em alguns hospitais “esse número caia para quase 80%”.
Todos os funcionários de lares para idosos na Inglaterra foram convidados a se vacinar totalmente contra o coronavírus, na próxima quinta-feira (11).
O NHS, um dos maiores serviços de saúde do mundo, tem cerca de 1,2 milhão de funcionários, dos quais mais de 627.000 praticam cuidados de saúde na linha de frente dos atendimentos. Sajid Javid também esclareceu que o governo não estava planejando colocar em prática requisitos especiais para vacinação contra a influenza, mas que esta opção permaneceu aberta.
No Reino Unido, cada um de seus quatro países (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) decide sua própria política de saúde.
Outros países já impuseram a obrigação de vacinar seus profissionais de saúde, como Itália, França e Grécia, bem como alguns estados americanos.
Na França, a obrigação da vacina contra a Covid-19 está em em vigor desde meados de outubro para profissionais dos estabelecimentos e serviços de saúde.
// RFI