Banco alemão vem se debatendo desde a crise financeira de 2008. Demissões nos próximos três anos afetarão sobretudo setor de investimentos e visam reduzir gastos anuais em 6 bilhões de euros.
O Deutsche Bank anunciou neste domingo que cortará 18 mil postos de trabalho – cerca de um quinto de seus quadros – até o ano 2022, como parte de uma nova rodada de reestruturação.
As demissões deverão contribuir para reduzir em 6 bilhões de euros seus custos anuais, explicou a empresa em comunicado. Além de limitar seu pessoal a 74 mil funcionários, ela pretende eliminar os negócios globais de ações e limitar as atividades de investimentos.
Já no segundo semestre do ano corrente, as taxas de reestruturação lhe causarão perdas de 2,8 bilhões de euros, e até o fim de 2022 os custos de reestruturação totalizarão 7,4 bilhões de euros, informou o banco alemão.
Ele sofreu forte impacto com a crise financeira de uma década atrás, e desde então vem lutando para manter os lucros, apesar das novas medidas de segurança impostas às instituições bancárias.
Na assembleia geral anual do Deutsche Bank, em maio, o diretor executivo Christian Sewing procurara tranquilizar os acionistas de que a diretoria estava “preparada para duros cortes”, e que ele ia “acelerar a transformação” focando “áreas lucrativas e em crescimento”.
No entanto, prosseguiu Sewing, mais cortes seriam necessários em sua abalada unidade de investimentos bancários, que consome a maior parte do capital da empresa e tem sido alvo de diversos processos e multas por lavagem de dinheiro, entre outros delitos.
A unidade de investimentos também fracassou em enfrentar seus rivais americanos, muito maiores. Grande parte dos futuros cortes do Deutsche Bank nos Estados Unidos será em seu setor de ações, que apresenta prejuízos.