Diamante com lixo nuclear é usado em nova bateria que dura “para sempre”

Todo mundo sabe que os diamantes são eternos, mas agora ao que parece também vão servir para produzir baterias eternas.

Os smartphones evoluíram muito nos últimos anos, mas algo que praticamente todos concordam é que as baterias não acompanharam esta evolução. Isto é devido a diversos motivos, seja por uma autonomia ruim ou pelos compostos químicos que as acompanham.

Mas ao que parece poderemos finalmente assistir a uma evolução surpreendente com relação ao componente, já que pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, deram um passo interessante neste sentido.

O grupo de pesquisadores encontrou um meio de aproveitar o Carbono-14, variação nuclear do material que é gerado como lixo em usinas nucleares, juntando-o com uma pequena gema de diamante sintético para formar uma bateria capaz de gerar 15 joules diários de energia por grama de carbono.

Isto não é muita energia – uma pilha AA, por exemplo, pode gerar 700 joules por grama de material. No entanto, a energia se esgota em pouco tempo, enquanto a bateria com Carbono-14 e diamante teria vida útil de 5730 anos por grama de material nuclear.

Só isso já é o suficiente para durar mais do que praticamente todas as civilizações humanas da história. Considerando, portanto, que uma bateria teria muito mais do que apenas um grama de Carbono-14, é tranquilo afirmar que ela duraria “para sempre”.

(CC0/PD) gr8effect / pixabay

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A “bateria que dura para sempre” é composta por resíduo nuclear dentro de um diamante, com um segundo diamante por fora

O professor Tom Scott, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, explica que “não há partes em movimento, não há emissões geradas e não requer manutenção”.

Ao encapsular material radioativo dentro de diamantes, nós transformamos o problema do lixo nuclear em uma bateria com energia nuclear com longo período de suprimento de energia limpa”, diz Scott, em um comunicado da Universidade de Bristol.

Segundo o pesquisador, algumas das aplicações do componente incluem aparelhos de baixa potência “usados em situações onde não é possível carregar ou substituir uma bateria convencional”.  Ele cita como exemplos o marca-passos, os drones de grandes altitudes, satélites e até naves espaciais.

Infelizmente, os smartphones devem ficar para já por fora da novidade.

Mas as potenciais aplicações desta fonte inesgotável de energia são tantas, que os pesquisadores estão pedindo a todo mundo que envie para a hashtag #diamondbattery suas sugestões e ideias de como usar estas baterias de diamante.

E brevemente, os diamantes não serão apenas os melhores amigos das meninas, mas de todo mundo.

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