Em meio às cerimônias fúnebres em homenagem ao líder da revolução cubana, Fidel Castro, morto no último sábado (26), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse essa segunda-feira (28) que poderá rever o acordo para retomada das relações diplomáticas entre Washington e Havana.
Em agosto, depois de mais de 54 anos fechada, a Embaixada dos Estados Unidos (EUA) em Cuba foi reaberta como parte do acordo diplomático assinado entre os presidentes Barack Obama e Raul Castro.
Pelo Twitter, Trump publicou uma mensagem dizendo que o acordo poderá ser revisto. “Se Cuba não estiver disposta a fazer um acordo melhor para o povo cubano, o povo cubano-americano e os EUA, como um todo, vão terminar o acordo”, disse o presidente eleito.
O futuro chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, disse este domingo que o próximo Presidente aguardará para ver “alguns movimentos” do Governo cubano quanto às liberdades na ilha para decidir como será a sua relação e, caso não haja, reverterá a aproximação entre ambas as nações em dezembro de 2014.
“Não vamos ter um acordo unilateral procedente de Cuba sem algumas mudanças no seu Governo”, indicou Priebus na cadeia televisiva Fox, depois de apontar aspetos como a repressão, os prisioneiros políticos e as liberdades, como a religiosa. “Precisamos de um acordo melhor”, disse.
Na sua primeira reação à morte do antigo Presidente cubano, este sábado, Trump comentou no Twitter: “Fidel Castro está morto!”
Trump criticou o líder comunista, a quem chamou de “ditador brutal que oprimiu seu povo por quase seis décadas”. Trump disse ainda esperar que a morte de Fidel “marque o início do fim dos horrores” e prometeu fazer de tudo “para garantir que o povo cubano caminhe para a prosperidade e a liberdade”.