O presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi indicado por 18 congressistas republicanos para receber o prêmio Nobel da Paz.
Os dezoito congressistas republicanos formalizaram a indicação de Donald Trump para o Nobel da Paz, depois de Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, ter defendido que o presidente dos EUA deveria receber a distinção.
O The Guardian recorda que apenas membros dos órgãos legislativos nacionais, professores universitários e laureados podem indicar candidatos para o Nobel. No ano passado, o Nobel da Paz foi entregue à Campanha Internacional para Abolição das Armas Nucleares.
Muitos consideram a nomeação curiosa depois de, durante meses, Donald Trump ter entrado em confrontos diretos com o líder norte-coreano, que chegou a apelidar de little rocket man (pequeno homem foguete).
A carta, divulgada por Luke Messer, republicano do estado de Indiana que justifica a indicação de Trump para o prêmio, indica que isso é “um reconhecimento pelo trabalho que fez para acabar com a guerra na Coreia, para a desnuclearização da península coreana e por trazer paz à região”.
Na carta, os republicanos elogiam a campanha de “pressão máxima” em relação à Coreia do Norte. “Nenhuma outra pessoa merece mais o reconhecimento do Comitê do Nobel do que o presidente Trump, pelo incansável trabalho de trazer paz ao nosso mundo”, justificam.
De acordo com o Jornal de Notícias, a indicação também pode ser vista como uma jogada política.
O nome principal por trás da indicação, Luke Messer, está numa batalha com mais dois republicanos pela nomeação como candidato a senador pelo Indiana.
Os opositores dessa corrida interna, Todd Rokita e Mike Braun, também são admiradores de Trump e lutam para provar qual dos três gosta mais do presidente dos EUA. O “favorito” será nomeado para concorrer contra o republicando Joe Donnelly.
Há pelo menos mais dois signatários da carta que estão envolvidos em lutas pela nomeação como candidatos republicanos ao Senado. Para Evan Jenkins, do oeste da Virgínia, e Jim Renacci, de Ohio, o apoio de Trump é fundamental.
Entre os signatários, há também dois apoiantes de Trump ligados à extrema-direita. Mark Meadows, da Carolina do Norte, e Steve King, do Iowa, ambos fervorosos e empenhados seguidores de Donald Trump, à procura do reconhecimento presidencial.
Ciberia // ZAP