O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha está na Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba desde a manhã desta quarta-feira (14) para prestar depoimento no processo que investiga o presidente Michel Temer (PMDB).
A expectativa é que Cunha negue ter recebido dinheiro do Grupo J&F, responsável pela JBS. O processo corre no Supremo Tribunal Federal (STF) e investiga a suspeita de que Temer autorizou a compra do silêncio de Cunha pelo executivo Joesley Batista. Tanto Cunha como Temer negam as acusações.
Segundo o G1, o advogado de defesa de Cunha, Eduardo Rios, afirmou que o ex-presidente da Câmara tentará responder “na medida do possível” as perguntas enviadas pela PF a Michel Temer. “Ele vai responder pelo menos aquelas 82, encaminhadas ao Temer, as que dizem respeito a ele [Cunha]”, afirmou o advogado citado pelo portal de notícias da Globo.
Joesley gravou uma conversa com o presidente no Palácio do Jaburu, em março, em que discutem a situação do ex-presidente da Câmara. Temer questiona a gravação e afirma que sua conversa foi editada. No momento, a PF faz uma perícia no áudio e tem até o início da próxima semana para dar um parecer sobre a gravação.
O empresário também gravou Aécio Neves (PSDB-MG) — que está afastado de suas funções de senador. As gravações fazem parte da delação premiada do grupo.
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