O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) afirmou neste sábado que os ataques perpetrados na Espanha, que deixaram 14 mortos e mais de 100 feridos na quinta-feira, foram contra os “cruzados e judeus”.
Em um comunicado divulgado pelo grupo terrorista na rede de mensagem Telegram, o EI afirmou que “vários jihadistas” fizeram os ataques simultaneamente em “dois grupos” separados.
“Com a ajuda de Deus, na quinta-feira passada vários jihadistas em dois grupos de maneira simultânea tiveram como alvo os lugares dos cruzados na Espanha“, afirma a nota, cuja autenticidade não pôde ser verificada.
O grupo radical disse que os ataques, perpetrados tanto em Barcelona como em Cambrils, Tarragona, “deixaram mais de 120 feridos cruzados e judeus dos países da coalizão cruzada”, em alusão à aliança internacional, liderada pelos EUA, que luta contra o EI no Iraque e a Síria.
“Os jihadistas do primeiro grupo tiveram como alvo um grupo de cruzados com um veículo na rua de La Rambla em Barcelona”, indicou o EI.
A nota assegura que foram atropelados “dois agentes” uniformizados “em um posto policial”; e depois, “invadiram com armas levesum bar situado perto de La Rambla, matando e torturando quem estavam no seu interior”. Esta informação foi desmentida pela polícia horas após o atentado.
Segundo o comunicado do grupo terrorista, o “outro grupo atropelou vários cruzados com um veículo em Cambrils”.
Horas após o atentado perpetrado em Barcelona, a agência usada pelos terroristas “Amaq”, publicava um livre comunicado assegurando que “uma fonte de segurança afirmou à Amaq que os autores do ataque de Barcelona são soldados do Estado Islâmico”. No entanto, não fazia nenhuma referência ao ataque que havia sido perpetrado pouco depois em Cambrils.
Os ataques na Catalunha deixaram pelo menos 14 mortos e 126 feridos.
Os Mossos d’Esquadra acreditam que a célula que participou dos atentados da Catalunha estaria composta por 12 terroristas, dos quais quatro foram detidos – um em Alcanar (Tarragona) e três em Ripoll (Girona) -, cinco foram mortos em Cambrils, dois morreram na explosão de Alcanar e um segue solto.
// EFE