O ainda Presidente Donald Trump assinou neste domingo, 27 de dezembro, o novo pacote de estímulo à economia, que autoriza até setembro de 2021 gastos de 2,3 triliões de dólares, incluindo 892 biliões para aliviar a crise provocada pela pandemia da Covid-19, evitando assim uma paralisação parcial do governo a partir da meia noite desta segunda-feira, 28 de dezembro.
A menos de um mês de deixar a Casa Branca, Donald Trump rubricou na noite de domingo, 27 de dezembro, o novo pacote de resgate económico de 2,3 triliões de dólares, dos quais 892 biliões alocados directamente para aliviar a crise provocada pela pandemia do novo cororanavírus e ajudar as famílias e pequenas empresas, aprovado pela Câmara dos Representantes e pelo Senado, após meses de negociações.
“Eu ratifico esta lei para restaurar o seguro desemprego, parar os despejos, dar assistência aos proprietários, aumentar os fundos do programa de empréstimo às empresas, permitir aos empregados do sector aéreo voltar ao trabalho e aumentar o fundo para a distrituição de vacinas”, explicou Trump em comunicado, acrescentando ter obtido garantias dos eleitos republicanos de que iriam submeter ao Congresso uma emenda para que as ajudas por adulto e por criança aumentem de 600 para 2.000 dólares, tal como proposto pelos democratas a 24 de dezembro, uma emenda que foi na altura rejeitada pelos republicanos.
Com efeito, o ainda Presidente dos Estados Unidos ameaçou no sábado, 26 de dezembro, através da sua conta Twitter não assinar o pacote relativo ao aumento dos subsídios de desemprego e às medidas de protecção em caso de despejo para as famílias atingidas pela pandemia – que expirariam a partir da meia noite de 26 de dezembro – por considerar que este “é uma vergonha…e eu simplesmente quero dar ao nosso grande povo 2.000 dólares, em vez dos míseros 600 que figuram na lei”.
A sua aprovação prolonga até março as ajudas federais a cerca de 14 milhões de cidadãos norte-americanos desempregados, amplia o programa de empréstimos, prevê milhões de dólares às pequenas e médias empresas, restaurantes, hotéis e para o sector de transporte aéreo, prolonga a moratória que proíbe expulsões de pessoas que não podem pagar seus aluguéis, suspende apreensões de bens imobiliários e prevê fundos para a distribuíção de vacinas contra a Covid-19.
A recusa inicial do Presidente Trump foi muito criticada inclusivé no seio do seu próprio partido, caso dos senadores republicanos Mitt Romney e Mitt McConnel e da líder dos democratas na Câmara dos Representantes Nancy Pelosi.
O ainda Presidente dos Estados Unidos assinou ainda o projecto de lei de financiamento do Estado, evitando assim que o país entrásse em “shutdown” a partir desta terça-feira, 29 de dezembro, com a paralisação dos serviços públicos e administrações, tal como sucedeu no final de 2018 e que durou um mês e três dias, o mais longo “shutdown” da história dos Estados Unidos.
Simultaneamente o Presidente Donald Trump voltou a responsabilisar a China pela pandemia da Covid-19 e congratulou-se com a abertura de um inquérito sobre eventuais fraudes eleitorais na eleição presidencial de 3 de novembro, que atribuiu a vitória ao candidato democrata Joe Biden.
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