O desfile da Lab, marca de street wear do rapper Emicida e de seu irmão, o estilista Evandro Fióti, foi bastante elogiado nesta edição da São Paulo Fashion Week. No entanto, a maneira com que o designer foi tratado na saída do prédio da Bienal foi inversamente proporcional à receptividade positiva com suas criações. E, de acordo com ele, isso se deve a um único motivo: racismo.
No final do desfile, Fióti deixava o local quando foi barrado de forma totalmente ríspida por um dos seguranças. O estilista estava usando pulseira de identificação que lhe dá livre acesso para circular pelo prédio, mas mesmo assim o segurança afirmou que ele não poderia passar e tentou inferiorizá-lo.
Em sua página no Facebook, Fióti comentou o assunto de forma direta: “Ser preto é ser barrado pelo segurança do evento mesmo quando é da sua marca e com pulseira”.
Este foi o terceiro desfile da Lab na São Paulo Fashion Week, e, desde que a marca começou a participar do evento de moda, a passarela ganhou novas cores e formas. A Lab trouxe pretos, gordos, baixos e, obviamente representatividade.
Batizada de Avuá, esta coleção, segundo Fióti, é a mais comercial e simples da marca e vem pontuada por cores claras em jaquetas, bermudas e moletons. A grife, que inclui também a marca Lab Fantasma, existe há 8 anos.
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