O governo dos Estados Unidos ordenou nesta quarta-feira (23) a expulsão de dois diplomatas venezuelanos, aos quais deu 48 horas para que abandonem o país. Trata-se de chefe de negócios da Venezuela em Washington, Carlos Ron Ramírez, e do vice-cônsul venezuelano em Houston (Texas).
A ordem é uma resposta, segundo o Departamento de Estado americano, à decisão desta terça-feira (22) da Venezuela de expulsar o encarregado de negócios dos EUA em Caracas, Todd Robinson, e seu segundo, Brian Naranjo, chefe da seção política da embaixada.
Tanto Ron Ramírez como Robinson eram o representante de mais alto nível dos dois países nas suas respectivas missões diplomáticas, já que Washington e Caracas não trocaram embaixadores por oito anos.
Nesta quarta, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a expulsão dos diplomatas durante um ato em que foi proclamado reeleito, e afirmou que Robinson atuou como “conspirador” no país caribenho.
O Departamento de Estado, em comunicado, disse que “as acusações por trás da decisão do regime de Maduro são injustificadas”.
Além disso, também garantiu que os diplomatas expulsos por Caracas “cumpriram suas obrigações oficiais de maneira responsável” e de acordo com as normas internacionais assinadas na Convenção de Viena sobre Relações Consulares. “Nós rejeitamos qualquer sugestão em sentido contrário”, disse.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, já tinha avisado o governo de Nicolás Maduro de uma resposta “recíproca” à expulsão dos dois diplomatas.
Portanto, antes da esperada expulsão de Ron Ramírez, Maduro o nomeou vice-ministro das Relações Exteriores para a América do Norte e deixou vago, por enquanto, o cargo de encarregado de negócios em Washington.
Ciberia // EFE